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Operação El Patron é deflagrada pela Polícia Civil, e dez pessoas são presas por tráfico de drogas

Organização criminosa é responsável pela maior tele-entrega de entorpecentes de Porto Alegre e do Litoral Norte gaúcho
21/03/2024 Ascom Polícia Civil – Foto: Divulgação

A Polícia Civil, por meio da 3ª Delegacia de Investigações do Narcotráfico (3ªDIN/Denarc), na manhã desta quinta-feira, dia 21 de março de 2024, deflagrou a Operação El Patron. O objetivo da ofensiva é desarticular organização criminosa responsável pela maior tele-entrega de entorpecentes de Porto Alegre e do Litoral Norte gaúcho.


Aproximadamente 300 policiais civis cumpriram 200 ordens judiciais em Porto Alegre, Região Metropolitana, Litoral Norte gaúcho e na cidade do Rio de Janeiro.


Dez pessoas foram presas. São 55 mandados de busca e apreensão domiciliar, uma busca e apreensão em uma casa prisional gaúcha, além de ordens de prisões preventivas e temporárias, dezenas de bloqueios de contas bancárias e quebras de sigilo bancário e fiscal, sequestro de alto patrimônio móvel e imóvel oriundos do crime organizado.


A investigação iniciou após uma prisão em flagrante realizada no final do ano de 2022. O homem preso fazia parte de um grande e complexo esquema de entrega de entorpecentes de alta qualidade destinados a pessoas com alto poder aquisitivo.


Na ocasião da prisão, o indivíduo foi localizado com centenas de porções de entorpecentes que estavam sendo distribuídas a clientes em Porto Alegre e no litoral norte gaúcho.


A partir das análises dos elementos investigativos colhidos e da utilização de ferramentas tecnológicas de investigação, foi possível constatar um grande esquema de tele-entrega de entorpecentes, considerado, pelo volume e pela lucratividade, como o maior em atuação em Porto Alegre e no litoral norte do Rio Grande do Sul.


Apurou-se que o grupo possuía, ao menos, 20 entregadores atuando 24 horas por dia, distribuindo drogas a clientes fixos com alto poder aquisitivo em Porto Alegre, cidades da região metropolitana e principalmente no litoral norte, nas cidades de Torres, Capão da Canoa e Tramandaí.


As vendas eram feitas mediante a inserção dos compradores em grupos em redes sociais e os entregadores levavam os entorpecentes até os clientes.


No início do trabalho investigativo, o líder do grupo criminoso encontrava-se dentro do sistema prisional, o que não impedia a coordenação das atividades ilícitas.


Em meio ao trabalho investigativo, o preso recebeu um benefício prisional e saiu do sistema prisional, não retornando mais quando solicitado, passando a constar na condição de foragido.


A investigação identificou que o líder estava foragido na cidade do Rio de Janeiro, levando uma vida de alto luxo financiada pelo tráfico de drogas. Na véspera da deflagração da operação policial, a equipe de investigação da 3ª DIN/Denarc deslocou-se até a capital carioca para tentar localizar o líder, recebendo apoio do DRE da PC/RJ.


O homem foi localizado e preso em área de luxo da cidade carioca. O padrão de vida mensal da liderança girava entre 50 a 100 mil reais. Após sua prisão, o indivíduo foi trazido ao Rio Grande do Sul para responder criminalmente por seus delitos.


Durante o período de investigação, foi verificada uma movimentação financeira de pelo menos 20 milhões de reais. Considerando apenas os valores oriundos do litoral norte, foram aproximadamente meio milhão de reais por mês.


Para mascarar e ocultar a origem desse patrimônio ilícito, o grupo utilizava uma empresa de fachada, constituída sob uma pessoa jurídica de locação de veículos, bem como por meio de indivíduos “laranjas” com renda totalmente incompatível com a declarada. Os valores eram, então, direcionados a empresários, que os transferiam a contas bancárias de uma rede de barbearias de Porto Alegre.


Os três proprietários dessas barbearias responsáveis por movimentações milionárias também são alvos da operação com prisão preventiva decretada pelo Poder Judiciário.


Todas as barbearias também estão sendo objeto de mandado de busca e apreensão, de modo a materializar ainda mais as atividades ilícitas e a mescla do patrimônio lícito com aquilo que é oriundo do tráfico de drogas.


Preliminarmente, o Poder Judiciário já determinou o sequestro de aproximadamente cinco milhões de reais em patrimônio do crime organizado, com a indisponibilidade de dois imóveis de alto padrão e 25 veículos de luxo.


O Delegado Gabriel Borges destaca: “Esse é um trabalho fruto de uma investigação muito técnica que seguiu de forma detalhada o rastro do dinheiro ilícito, possibilitando responsabilizar criminalmente pessoas que se acham acima da lei”.




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