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Capacitação profissional e trabalho como jovens aprendizes criam novas perspectivas para socioeducandos da Fase

79 dos 323 socioeducandos Fase estão enquadrados como Jovem Aprendiz
09/08/2023 Ascom SSPS | Edição: Rodrigo Toledo França/Secom

Há sete meses, Pedro (nome fictício), 17 anos, frequenta as aulas do curso de Ocupações Administrativas dentro do Centro de Atendimento Socioeducativo (Case) Poa I. Além da rotina escolar na Escola Estadual Tom Jobim, ele também encontra novas possibilidades de conhecimento com o estudo profissionalizante.

“Aqui tive oportunidade de trabalho; na rua eu não tive nenhuma. Estou aprendendo muitas coisas novas, como administração, responsabilidade e trabalho em equipe. Com o que ganho aqui, posso comprar minhas coisas, pois a minha mãe não tem condições”, afirma.

Assim como Pedro, 79 dos 323 socioeducandos (número em 23 de julho) da Fundação de Atendimento Socioeducativo (Fase) estão enquadrados como Jovem Aprendiz, tendo direito a meio salário-mínimo e carteira de trabalho assinada. Além dessa forma de trabalho, eles também participam dos cursos de Conservação, Limpeza e Sustentabilidade, no Case de Santo Ângelo, e de Ocupações Administrativas, em outras unidades. As aulas são oferecidas na regional de Porto Alegre (Cases Porto Alegre I e II; Comunidade Socioeducativa e Centro de Convivência e Profissionalização) e nas demais regionais, nos Cases de Novo Hamburgo, Santa Maria, Passo Fundo, Pelotas e Caxias do Sul.

“Os cursos profissionalizantes e o trabalho como jovens aprendizes ajudam muito os jovens, especialmente os que cumprem medida de internação sem possibilidade de atividade externa, pois eles, ao se ocuparem, aprendem e se distensionam. Ele estão aqui, restritos (da liberdade), mas se qualificam profissionalmente”, esclarece a chefe do Núcleo de Profissionalização e Trabalho Educativo, Lilian Locatelli.

“São cursos curtos e práticos, nos quais eles aprendem fazendo. Ao final, os jovens saem com certificado, o que os ajuda no momento de se candidatarem a uma vaga de emprego ou de abrirem a própria barbearia ou um espaço para lanches, por exemplo”, acrescenta.

Segundo dados do Centro de Integração Empresa-Escola, a partir de 20 de julho mais 58 vagas do Programa Jovem Aprendiz foram incorporadas à cota do sistema socioeducativo, 52 para egressos e seis para o sistema prisional.

Investimento

Recentemente, a Fase anunciou um investimento de R$ 300 mil para a contratação de cursos profissionalizantes, com cargas horárias entre 20h e 80h, nas áreas de gastronomia e beleza. Ao todo, 24 opções de capacitação estão sendo oferecidas para atender 240 socioeducandos.

Os recursos também foram utilizados para a compra de vagas nas unidades do Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac) para os adolescentes e jovens adultos em medida de semiliberdade, masculina e feminina.

A educação profissional caracteriza-se por projetos rápidos que oferecem certificação de uma empresa qualificada, possibilitando a inclusão dos jovens no mercado de trabalho ou no campo do empreendedorismo.

Como funciona

A proposta de profissionalização integra o Plano Individual de Atendimento (PIA), que é definido a partir de uma abordagem interdisciplinar, com reuniões e discussões sobre cada caso. O técnico em educação ou pedagogo identifica as potencialidades do socioeducando e o encaminha para os cursos ofertados por meio de convênios firmados pela Fase.

A participação do próprio adolescente/jovem adulto enquanto protagonista de sua história é um dos pontos altos da iniciativa. Cada um deles pode escolher as oficinas e os cursos dos quais irão participar, cabendo ao técnico em educação ou pedagogo a abordagem, a orientação e o acompanhamento do processo.


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