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Deputados querem mudar legislação tributária que fragiliza indústria do leite

O FAF é uma sistemática de benefícios fiscais que incentiva o aumento de compras no Rio Grande do Sul
14/03/2022 Por Marcela Santos – Foto: Divulgação

A Comissão de Agricultura, Pecuária, Pesca e Cooperativismo da Assembleia Legislativa vai solicitar audiência com o governador Eduardo Leite para discutir os prejuízos da indústria leiteira gaúcha com a adoção do Fator de Ajuste de Fruição (FAF), através dos decretos 56.116 e 56.117, de setembro do ano passado.

A solicitação, também apoiada pela Comissão de Economia e pela Frente Parlamentar da Agropecuária Gaúcha, foi resultado da discussão do tema, durante o período dos Assuntos Gerais da reunião do Colegiado, realizada em formato híbrido (presencial e virtual), na manhã da quinta-feira, dia 9 de março.

O FAF é uma sistemática de benefícios fiscais que incentiva o aumento de compras no Rio Grande do Sul. Ele prevê que parte dos créditos presumidos de ICMS seja concedida às empresas de acordo com o comportamento de compra de cada estabelecimento, pontuando mais as que fizerem aquisições no Estado.

A reunião com o governador terá caráter de urgência, em razão dos prejuízos gerados ao setor industrial do Leite e sua consequência junto ao produtor rural. Ele sugeriu que também participem da audiência os secretários da Fazenda e Agricultura e Planejamento e o Chefe da Casa Civil do Governo.

O deputado Zé Nunes (PT), coordenador do GT do Leite, afirmou que o impacto dos decretos na indústria leiteira do RS é grande. Ele disse temer que o FAF promova mais migração da atividade para o estado de Santa Catarina. "Espero que o Governador se dê conta dos impactos nocivos para a economia gaúcha, o que pode acontecer se esta medida persistir neste formato", argumentou.

Prejuízos

Representando o setor industrial e os produtores de leite, o presidente do Sindilat/RS, Guilherme Portella, mostrou os fatores que têm levado ao agravamento dos impactos danosos ao setor com a entrada em vigor das medidas fiscais. Ele explicou que a indústria láctea gaúcha é dependente de insumos produzidos em outros estados e salientou que a retirada de benefícios para competitividade, justamente neste item, com a adoção do FAF, impacta o setor como um todo.

Também expressaram sua contrariedade com a adoção do FAF, o secretário-executivo do Sindilat/RS, Darlan Palharini; Gervásio Plucinski, presidente da Unicafes estadual; Osmal Redil, da APIL e o vice-presidente da Fetag, Eugênio Zanetti.


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