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Incerteza elevada e queda na renda freiam o consumo das famílias, aponta pesquisa da Fecomércio-RS

Em relação a junho do ano passado, a queda foi de 18,4%
07/07/2020 Ascom Fecomércio – Foto: Divulgação

A Intenção de Consumo das Famílias (ICF-RS), divulgada pela Fecomércio-RS nesta segunda-feira, dia 6 de julho, mostra que o pessimismo avançou com o prolongamento da crise do coronavírus.

Depois de registrar a maior queda mensal da série na edição anterior, o ICF-RS teve nova retração na margem, de 4,7%, registrando 73,4 pontos. Em relação a junho do ano passado, a queda foi de 18,4%.

Entre os componentes da pesquisa, a maior queda mensal foi no indicador de consumo atual (-8,8%), que atingiu 65,2 pontos, menor valor desde abril de 2018.

Momento para duráveis, que teve a segunda maior queda (-7,1%), é o indicador que acumula a maior contração em relação a março (-54,3%) e registra o menor valor entre os indicadores (38,2 pontos), refletindo a avaliação predominante de 80,2% dos entrevistados sobre ser um mau momento para comprar esses bens.

O segundo indicador mais pessimista diz respeito à perspectiva de consumo (61,4 pontos) que, embora tenha ficado praticamente estável na margem, acumula queda de 37,2% em relação a março.

O indicador de situação de renda atual (81,5 pontos), que teve queda de 6,4% na margem, reflete a percepção de uma renda familiar pior que o ano anterior para 40% dos entrevistados.

“Os indicadores refletem o contexto de muita cautela diante de tamanha incerteza e dos impactos da crise sobre o mercado de trabalho e a condição orçamentária de muitas famílias. Muitas se viram sem renda por estarem impedidas de trabalhar ou com renda reduzida em função dos contratos de trabalho suspensos, redução de carga horária ou demitidas”, comentou o presidente da Fecomércio-RS, Luiz Carlos Bohn.

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