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Tite: 'O Brasil tem o orgulho de ter usado os 26 atletas jogando a Copa'

Em entrevista à FIFA, o técnico da Seleção diz que também tem orgulho pessoal de ter conseguido usar todo seu elenco no torneio e faz muitos elogios à Croácia
08/12/2022 Ascom FIFA – Foto: Divulgação

Como de praxe nesta Copa do Mundo FIFA de 2022, no Qatar, o técnico Tite reservou alguns minutos de sua atribulada agenda para conversar com a FIFA à véspera de um jogo. Nesta sexta-feira, a Seleção Brasileira vai enfrentar a Croácia pelas quartas de final, em Doha.

Num bate-papo descontraído, o treinador revelou que sente orgulho de ter podido mandar para campo todos os 26 jogadores convocados para o torneio. "Isso dá um senso de equipe muito forte e mostra força", disse.

Por outro lado, Tite entende que, mesmo que sua equipe esteja relativamente mais descansada que a croata – que passou por pênaltis e prorrogação contra o Japão--, isso não deve ser um diferencial nesse confronto. O treinador fez muitos elogios ao adversário. Confira:

FIFA: Qual a avaliação que você faz da Croácia, que jogou a final na Rússia 2018 e novamente tenta ir longe?

Tite: Uma equipe como a Croácia, que é vice-campeã mundial, que eu assisti ao jogo [final] e, na minha opinião, merecia estar vencendo quando a França fez o gol, porque seu desempenho era melhor. Isso traz todas as características de uma grande equipe. Isso quer dizer que o grau de dificuldade é alto e que o Brasil vai ter de fazer seu melhor jogo, manter o seu nível, ter consistência defensiva e agressividade para criar e buscar o gol. São jogos decisivos, com grau de importância, de acertos muito elevados.

O técnico da Croácia, Zlatko Dalic, disse que seu time não conta com muitos jogadores em grandes clubes europeus. Que, por isso, é natural considerar o Brasil favorito no confronto.

A gente tem de aprender a entender o contexto. Eu em nenhum momento vou desdizer o comentário de seu técnico. Mas existem estratégias. E aqui desse lado ninguém vai abaixar a guarda em nenhuma circunstância contra uma equipe que vem conseguindo o desempenho tal qual a Croácia tem.

Você poupou vários jogadores contra Camarões. Também conseguiu controlar o jogo no segundo tempo contra a Coreia do Sul. A Croácia, por outro lado, foi aos pênaltis nas oitavas de final. Isso pode influenciar a partida?

O Brasil tem o orgulho de ter tido os 26 atletas participado dos quatro primeiros jogos. Isso é um orgulho pessoal meu também. Isso dá um senso de equipe muito forte. Nós também fizemos as 20 substituições nestes jogos, o que também mostra a força da equipe. Nós todos perdemos contra Camarões, pois entraram jogadores que também poderiam ter feito a diferença, tal qual aconteceu contra a Suíça. Claro que ajustar esse tempo de recuperação é fundamental. Mas isso passa a ser um fator menor diante da grandeza desse jogo.

Como você definiria Vinícius Júnior, que tem sido uma figura decisiva no ataque brasileiro?
Alegria, audácia, ousadia. Tem essas características. O Raphinha é mais tático, mas extremamente importante. O Antony, mais malabarista com a bola. O Rodrygo com uma técnica apuradíssima. O Martinelli com transição em velocidade extraordinária, o atleta com maior índice de velocidade. Peguei os cinco extremos que podem jogar na nossa equipe.

E o Vini tem um detalhe: ele aprendeu também, pelo Ancelotti e conosco aqui também, para fazer a recomposição, para que Casemiro, Danilo e Alex Sandro não fiquem expostos no setor dele. É um garoto inteligente para fazer essa movimentação sem bola, não necessariamente para desarmar, mas para preenchimento de espaço.

Se fosse para comparar o ataque dessa geração com os de outros times históricos do Brasil?
É uma pergunta muito difícil. É uma história linda, extraordinária. Aprendi uma coisa: nós temos de respeitar as gerações, cada uma tem seu momento. Hoje a velocidade do jogo é muito maior, a qualidade dos gramados é melhor. O atleta tem acompanhamento físico, técnico, fisiológico, mental muito forte.

Nós não queremos comparar, mas eu, enquanto técnico, quero incentivar os atletas a terem essa ousadia, do drible, da finta, velocidade. Isso eles têm, assim como Neymar, Paquetá e Éverton Ribeiro por dentro. Já Richarlison e Pedro é gol. Eles não querem muito tocar, não. Só olhar para o gol. (Risos)

Por fim, podemos falar sobre a comemoração com o Richarlison? Você decidiu entrar na dança com ele. Como foi aquele momento?

Fiquei num dilema muito grande. Sei da visbilidade que minha figura tem. Qualquer que circunstância que eu faça ela explode, tenho essa consciência. E aí fiquei nesse dilema, pois, brincando com o Richarlison na concentração, ele começou a me falar para fazer a 'Dança do Pombo', queria ver seu eu sabia fazer. Eu disse que sim e comecei a brincar e disse que sabia fazer. E aí eu disse: 'Se tu fizer o gol, eu faço'. E aí passou.

Quando dá o gol, eu estava no banco e pensei: 'Agora eu me ferre'. Aí fui perto do banco e disse: 'Me protejam'. Mas no fim é que tive uma conexão com uma geração jovem, com um grupo de atletas que está desempenhando ao máximo, dando seu melhor. Então foi a forma que achei, dentro de uma linguagem, de dizer que 'estou junto com vocês, sei do trabalho que estão realizando.

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