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Comissão discute permanência de professores de Educação Física em parques e centros comunitários

A pauta surgiu após a saída de 14 educadores físicos que, anteriormente, estavam trabalhando nos espaços
13/02/2020 Agência de Notícias da Assembleia Legislativa do RS - Foto: Skeeze from Pixabay / Divulgação

A Comissão de Educação, Cultura, Desporto, Ciência e Tecnologia discutiu, em reunião ordinária da terça-feira, dia 11 de fevereiro de 2020, a permanência de professores de Educação Física nos parques e centros comunitários de Porto Alegre.

A pauta, realizada no período de Assuntos Gerais, surgiu após a saída de 14 educadores físicos que, anteriormente, estavam trabalhando nos espaços.
 
A boa notícia para os usuários destes espaços veio na fala do diretor-geral da Coordenadoria-Geral de Esportes, Recreação e Lazer de Porto Alegre, Rodrigo Kandrik: os 14 professores serão mantidos até o final do ano por meio de resolução, que sairá no Diário Oficial até o final desta semana. “Todas turmas e atividades serão mantidas”, afirma Rodrigo.  
 
Mesmo com a permanência, Carmem Lúcia Figini, representando o Centro de Comunidade George Black (CEGEB), reafirma a importância dos professores para a saúde da comunidade. “Eles tem capacidade para trabalhar conosco. Há uma demora para criar um laço com todos e, quando criam, são retirados ou realocados, e então voltamos à estaca zero”.

Nelsi Girardi, do Parque Alim Pedro, afirma que medidas como a extinção da Secretária Municipal de Esporte só podem ser tomadas por uma administração que desconhece a cidade. “A Orla do Guaíba está linda, mas não podemos nos deslocar até lá para caminhar. Temos que fazer as atividades nos nossos parques, com nossos professores”.
 
Parceirização

Após a confirmação de permanência dos servidores, a pauta da reunião se voltou para a possível parcerização (colaboração entre o órgão público e organizações da sociedade civil) de alguns parques e centros comunitários na capital gaúcha. Rodrigo Kandrick diz que elas são possíveis, mas, caso aconteçam, serão “feitas em diálogo com as associações das comunidades envolvidas”.
 
Para a deputada Luciana Genro (PSOL), é necessária uma mobilização da sociedade para que isso não aconteça. “Com essa parcerização o professor fica em um estado precário, podendo ser demitido a qualquer momento e não tendo o plano de carreira de um profissional concursado. Além de ser uma manobra para tirar a responsabilidade da adminsitração pública de administrar seus espaços. Diversos setores estão sofrendo com isso e é necessário que haja uma mobilização de todos para que isso acabe”.
 
Ainda se manifestaram os representantes das comunidades do Ginásio Tesourinha, Ione Koehn; do Centro da Comunidade Parque Madepinho, Rosane Machado e Élida Machado; da Unidade Recreativa Praça Darcy Azambuja, Silvana Barzotto; do Centro de Comunidade Vila Ingá, Velmi Beziazicini. O secretário interino Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social e Esporte, Nelson Beron.
 
Presenças

Participaram da reunião as deputadas Sofia Cavedon (PT), presidente, Luciana Genro (PSOL) e Any Ortiz (PPS), e os deputados Issur Koch (PP), Sergio Perez (REPUBLICANOS), Fernando Marroni (PT) e Gabriel Souza (MDB).

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