O Presídio Estadual de Cruz Alta, em conjunto com a Prefeitura do Município, desenvolve, desde o início de dezembro, o projeto Cruz Alta sem frestas, que visa proporcionar conforto e qualidade de vida para famílias em condições de vulnerabilidade.

A ação consiste na doação e na fixação, por meio de grampeadores de pressão, de placas térmicas nas paredes e no teto para tapar as frestas das casas, protegendo assim as pessoas do frio, da claridade, do calor e de animais peçonhentos que podem entrar nessas moradias.

As famílias beneficiadas foram previamente inscritas em um programa social desenvolvido pela prefeitura, e a confecção das lâminas, a partir de embalagens de leite longa vida, é feita por três apenados que passaram por um treinamento para sua confecção, nos turnos da manhã e tarde.

Segundo o diretor do presídio, Frederico César Mello Alves, “até então, foram produzidas mais de 130 placas. O intuito é tentar fazer uma produção em massa, colocando mais apenados para o desenvolvimento desses trabalhos, mas, claro, dependendo da quantidade de materiais que se fazem disponíveis”.

Ele frisou ainda que “não é um simples projeto, pois envolve a vida de várias famílias, iniciando pela do próprio apenado que tem interesse em trabalhar e que, de forma indireta, realiza um papel social, já que o trabalho deles será destinado para uma casa de família em estado de vulnerabilidade social. É como se fosse uma corrente do bem, eles mesmo estão entendendo a importância do projeto, que, futuramente poderá beneficiar suas famílias”.

Para a coordenadora do Centro de Referência Maria Mulher, Ivania Fernandes, o projeto tem por objetivo melhorar a saúde pública, retirando do meio ambiente embalagens de caixa de leite, produtos de alta durabilidade que demoram até 200 anos para a decomposição e, consequentemente, fazendo a reciclagem direta, utilizando-as como revestimento das paredes das casas daqueles que mais precisam”.

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