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Quais são os prováveis desdobramentos do boicote dos EUA aos Jogos Olímpicos de Inverno, na China

Daniel Toledo, especialista em Direito Internacional, revela como a ação repercutiu entre o povo americano e o que esperar do governo chinês em resposta
15/12/2021 Por Central Press – Foto: Divulgação

Os Jogos Olímpicos de Inverno, que serão realizados em fevereiro de 2022 em Pequim, estão a alguns meses de acontecer. Entretanto, polêmicas entre algumas nações e o país-sede já começaram.

O comitê diplomático que seria composto por políticos e ministros dos Estados Unidos realizará um tipo de boicote ao evento, fazendo com que a delegação de atletas chegue ao país sem nenhum representante de estado.

Jen Psaki, secretária de imprensa da Casa Branca, condenou o comportamento do governo chinês ao divulgar a decisão do país. Ainda de acordo com ele, a administração Biden não enviará nenhuma representação diplomática ou oficial aos Jogos Olímpicos e Paralímpicos de Pequim 2022 devido ao genocídio e aos crimes contra a humanidade realizados pela República Popular da China em curso em Xinjiang, além de outros abusos de direitos humanos. “Os atletas do Team USA (Time EUA) terão nosso total apoio. Torceremos 100% por eles da nossa casa”, disse a representante do Executivo americano.

Em resposta, o governo chinês disse que esses países inevitavelmente pagarão o preço de suas ações equivocadas. A nota foi publicada pelo porta-voz de Relações Exteriores, Wang Wenbin.

Daniel Toledo, advogado que atua na área do Direito Internacional, fundador da Toledo e Associados e sócio do LeeToledo PLLC, escritório de advocacia internacional com unidades no Brasil e nos Estados Unidos, analisa sobre como essa decisão pode ter beneficiado a imagem do Presidente Biden em relação aos americanos conservadores. “O americano, principalmente o mais conservador, gosta muito daquela sensação de que os Estados Unidos têm uma soberania mundial. Então sim, foi uma boa cartada política do presidente”, revela.

Ainda nesse tópico, o advogado relata como esse assunto repercutiu no país, trazendo à tona uma discussão ainda mais profunda. “Internamente repercute muito bem, porque muitos americanos já estão querendo alguma forma de retaliação. Mas falar que a principal razão seria por conta dos direitos humanos não é muito real, e isso tem sido muito questionado aqui nos Estados Unidos. Afinal, recentemente vimos o que aconteceu no Afeganistão, então esse argumento para o boicote parece realmente uma artimanha política que foi criada pelo atual governo americano”, pontua.

Sobre a fala contundente do porta-voz chinês, Toledo revela que o aviso mostra que a China está aberta a aplicar sansões econômicas aos países que boicotarem o evento.

O especialista em Direito Internacional mostra preocupação com a falta da apresentação de dados concretos da China em relação a pandemia de Covid-19, afirmando que isso pode acabar acarretando numa nova onda de contaminação de variantes recém-descobertas do vírus. “A China é o país mais populoso do mundo e teve um dos números mais baixos de contaminação e mortes, mas não sabemos até onde isso é efetivamente real. Ter essa competição, mandando atletas, equipes e seleções de diversos países do mundo para lá, sendo que essas pessoas podem se contaminar e saírem de lá ao final dos Jogos Olímpicos de Inverno é um problema grave. Nós estamos abrindo as portas para uma contaminação e um spread talvez até maior da doença. Por isso, devemos tomar muito cuidado”, finaliza.

*Daniel Toledo é advogado da Toledo e Advogados Associados especializado em Direito Internacional, consultor de negócios internacionais, palestrante e sócio da LeeToledo PLLC. Para mais informações, acesse: http://www.toledoeassociados.com.br. Toledo também possui um canal no YouTube com quase 150 mil seguidores https://www.youtube.com/danieltoledoeassociados com dicas para quem deseja morar, trabalhar ou empreender internacionalmente. Ele também é membro efetivo da Comissão de Relações Internacionais da OAB São Paulo e Membro da Comissão de Direito Internacional da OAB Santos.

Sobre o escritório

O escritório Toledo e Advogados Associados é especializado em direito internacional, imigração, investimentos e negócios internacionais. Atua há quase 20 anos com foco na orientação de indivíduos e empresas em seus processos. Cada caso é analisado em detalhes, e elaborado de forma eficaz, através de um time de profissionais especializados. Para melhor atender aos clientes, a empresa disponibiliza unidades em São Paulo, Santos, Miami e Huston. A equipe é composta por advogados, parceiros internacionais, economistas e contadores no Brasil, Estados Unidos e Portugal que ajudam a alcançar o objetivo dos clientes atendidos. Para mais informações, acesse: http://www.toledoeassociados.com.br ou entre em contato por e-mail contato@toledoeassociados.com.br.

Sobre a Lee Toledo Law

A parceria entre o escritório Youjin Law Group e Toledo e Advogados Associados resultou agora na LeeToledo PLLC. Os principais diferenciais do novo escritório, que soma a experiência de 30 anos da Advogada Kris Lee e 18 anos do Advogado Daniel Toledo são a possibilidade de atender o cliente dentro do seu próprio território nacional, seja no Brasil, União Europeia, desde que haja acordo de reciprocidade entre a Ordem dos Advogados de Portugal e a associação de advogados do outro país europeu ou Estados Unidos. O atendimento pode ser realizado em português, inglês, espanhol e coreano. Acesse:
https://leetoledolaw.com/

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