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Debate virtual do projeto Cultura Doadora desta quinta, dia 16 de dezembro, visa a estimular doação de órgãos

Transplantes de coração caíram pela metade na pandemia
15/12/2021 Assessoria de imprensa | Stela Pastore – Foto: Divulgação

Os transplantes de coração no Rio Grande do Sul caíram pela metade na pandemia. Foram realizados 26 em 2019, caindo para 13 em 2020 e para 11 até outubro deste ano. A lista de espera subiu de 15 em 2019, para 16 no ano passado e 17 até outubro deste ano, pelos dados da Secretaria da Saúde do estado. Este assunto é tema de painel do projeto Cultura Doadora no dia 16 de dezembro, 19h, pelo canal do youtube da Fundação Ecarta.

Participam do diálogo virtual “Transplante de coração e a captação de órgãos” o coordenador do Departamento de Cirurgia do Instituto de Cardiologia, Lucas Krieger Martins, a transplantada de coração há 2 anos e 4 meses, Aline Maske, de 31 anos e a  gerente da Organização de Procura de Órgãos (OPO7), Ivana Faccioli Pessato.

A OPO7, é a chamada OPO Cirúrgica, situada no Instituto de Cardiologia, formada pela equipe de médicos e enfermeiros responsável por captar, acondicionar e transportar os órgãos até os centros transplantadores do Estado. A apresentação do painel será feita pelo presidente da Fundação Ecarta, Marcos Fuhr.

Meio século de transplantes

O primeiro transplante da América Latina foi realizado no Brasil há 53 anos pelo cirurgião Euryclides de Jesus Zerbini, em São Paulo. No RS, o primeiro transplante de coração foi realizado há 37 anos pelo cardiologista Ivo Nesrala, falecido em 2020, com 82 anos.

O transplante de coração é uma cirurgia recomendada apenas em casos extremos.  São priorizados para transplante pacientes com doença terminal no coração ou com expectativa de vida abaixo de 50%  nos próximos 12 meses devido a problemas no órgão.

Para fazer o transplante, é necessário que doador e receptor tenham compatibilidade sanguínea e que o tamanho do coração de ambos seja proporcional. O coração deve ser implantado no receptor em até 4 horas após a retirada do doador. A cirurgia tem duração entre 4h e 6h.

Na recuperação, o paciente segue respirando por aparelhos e permanece de quatro a cinco dias na UTI e na internação por uma ou duas semanas. No pós-transplante é necessário realizar periodicamente exames de biópsia, no qual pequenos pedaços do coração são coletados e analisados para verificar uma possível rejeição e controlar a dosagem de medicamentos.

Lista de espera cresce

Dados de junho informam que mais de 45 mil pessoas aguardam em lista por um transplante.  Além das doações insuficientes, a rede de saúde necessita de qualificação para aprimorar a busca de órgãos e qualificar todo o sistema de transplantes.

A doação de órgãos de um paciente por morte encefálica salva até oito pessoas e dá qualidade à vida de outros pacientes. Apenas pacientes com morte encefálica são doadores de múltiplos órgãos e do total de óbitos apenas 2% tem morte encefálica. “Mais de 40% dos familiares negam a doação de órgãos nos casos de morte encefálica, em geral, por desinformação”, complementa Fuhr, idealizador do projeto Cultura Doadora, mantido pela Fundação Ecarta para estimular a doação de órgãos e fortalecer a rede de transplantes.

O Rio Grande do Sul já foi líder em doação de órgãos no Brasil e atualmente ocupa o oitavo lugar. O estado realiza transplantes de todos os órgãos transplantáveis. Mais informações www.ecarta.org.br

SERVIÇO

O QUÊ: Painel online: “Transplante de coração e captação de órgãos”.

DATA: 16 de dezembro de 2021, 19 horas

LOCAL: Canal da Fundação Ecarta no Youtube 


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