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Maestro turco Hakan Şensoy vem ao Brasil pela primeira vez para reger a OSPA no concerto “Ravel, Sibelius & Wolff”, no sábado, dia 4

Clarinetista Diego Grendene fará o solo da obra brasileira
28/11/2021 Assessoria de Comunicação | Orquestra Sinfônica de Porto Alegre (OSPA) – Foto: Divulgação

A  Orquestra Sinfônica de Porto Alegre (OSPA), instituição vinculada à Secretaria de Estado da Cultura (Sedac), será a primeira orquestra brasileira a ser regida pelo renomado maestro turco Hakan Şensoy.

O regente conduz a Sinfônica por um programa variado no dia 4 de dezembro, que inclui dois gigantes da história da música, Sibelius e Ravel, e também o multi-premiado músico brasileiro Daniel Wolff.

O clarinetista da OSPA Diego Grendene sobe ao palco para executar o solo da peça de Wolff. A orquestra se apresenta no sábado, dia 4 de dezembro, às 17h, na Casa da OSPA, com transmissão ao vivo pelo canal da orquestra no YouTube. O ingresso pode ser trocado por 1kg de alimento não perecível a partir do dia 2 de dezembro (veja detalhes no serviço abaixo).

Natural de Istambul, Hakan Şensoy já se apresentou como violinista e regente nos mais importantes palcos do mundo, como o Carnegie Hall e o Lincoln Center, em Nova Iorque, o Auditório do Louvre, em Paris, o Musikverein, de Viena, a Sala Verdi e o Teatro alla Scala, em Milão, entre outros. É fundador e diretor artístico da Orquestra de Câmara de Istambul, da Filarmônica de Istambul e diretor artístico e maestro da Izmir State Symphony Orchestra. Ele desembarca em Porto Alegre para reger a OSPA na próxima semana. “Nunca fui ao Brasil e este concerto é um ótimo motivo para visitar o país. É uma colaboração inevitável, espero construir memórias que permaneçam”, comenta o regente.

O maestro tem uma relação profunda com “Valsa Triste”, obra-prima do compositor que é sinônimo da Finlândia, Jean Sibelius. A música que abrirá o concerto foi composta em 1903 como trilha para uma peça de teatro e embalava dança de uma mulher moribunda com a personagem da Morte. “Como todos os amantes de música sabem, os regentes são metade da música que interpretam. A ‘Valsa Triste’ me preenche inteiramente, sinto que me torno a ‘Valsa Triste’ quando estou no palco”, diz Şensoy.

Em seguida, a orquestra dá uma guinada para a América do Sul com uma obra de características muito brasileiras: "Concerto para Clarinete e Orquestra de Cordas”, do compositor gaúcho Daniel Wolff. O clarinetista e diretor da Escola de Música da OSPA, Diego Grendene, interpretará o solo. “É uma peça de grande lirismo, com elementos da música popular. Um concerto muito bem escrito para o clarinete, um instrumento tão versátil com trânsito tanto na música de concerto quanto no chorinho, no jazz, no klezmer e por aí vai”, afirma Diego. “É muito importante tocarmos obras de compositores da nossa cidade”.  

As últimas duas peças são do compositor francês Maurice Ravel. Segundo Şensoy, “‘Pavane pour une Infante Défunte’ é a obra mais onírica para trompas e traz uma grande combinação de cordas, harpa e instrumentos de sopro de pequeno porte”. O maestro também comenta “Ma Mère l'Oye Suite”, cujo título pode ser traduzido para “Mamãe Ganso”: “Ravel age como um narrador contando histórias para crianças por meio de melodias e efeitos sonoros que ele extrai da paleta orquestral”.

A orquestra se apresenta todos os sábados, às 17h, na Casa da OSPA, mas informamos que, excepcionalmente, em 27 de novembro não haverá concerto.

Visita segura

A OSPA seguirá as orientações do Governo do Estado do RS relativas à pandemia da Covid-19. Para acessar a apresentação, é obrigatória a apresentação de comprovante de vacinação e o uso de máscara durante todo o concerto. A OSPA segue trabalhando com ocupação reduzida da Sala Sinfônica, disponibilização de álcool gel aos visitantes, medição de temperatura na entrada, distanciamento social nos espaços de passagem e na ocupação das poltronas.

Sobre Hakan Şensoy (regente – Turquia)

Nascido em Istambul, Hakan Şensoy começou a estudar violino sob a supervisão de Ayhan Turan, em um programa especial de aprendizado acelerado do Conservatório de Istambul. Desde o seu primeiro recital, em 1984, atuou como solista e condutor em palcos de grande prestígio, como o Carnegie Hall e o Lincoln Center, em Nova Iorque, o Auditório do Louvre, em Paris, o Musikverein, de Viena, a Sala Verdi, em Milão, entre muitos outros. Concluiu seu mestrado em Teoria Musical no Instituto de Ciências Sociais da Universidade Técnica de Istambul (ITU), em 1992. Após concluir o doutorado em 2002, também pelo ITU, continuou seus estudos no violino com o artista Ayla Erduran e o renomado violinista e pedagogo russo Victor Pikaisen.

Recebeu suas primeiras lições de regência de Demirhan Altuğ entre 1981 e 1987. Depois trabalhou com Emin Güven Yaşlıçam, estudou com Gianluigi Gelmetti na Accademia Musicale Chigiana di Sienna, em 2003, e participou dos cursos do maestro Rengim Gökmen em 2017, 2018 e 2019, em Esmirna, na Turquia.  

Şensoy foi eleito o diretor musical da orquestra de câmara de Karşıyaka, de 2015 a 2020. E foi o único maestro turco a reger no palco do Teatro alla Scala, de Milão, em 240 anos. Desde 2018, é diretor artístico e maestro da Izmir State Symphony Orchestra e professor assistente no Conservatório da ITU. É também fundador e diretor artístico da Orquestra de Câmara de Istambul e da Filarmônica de Istambul.

Sobre Diego Grendene (solista/clarinete)

Diego Grendene é clarinetista da OSPA e diretor do Conservatório Pablo Komlós – Escola de Música da OSPA. Graduado pela UFRGS, estudou com Walter Boeykens por dois anos no Conservatório Real Superior de Antuérpia, na Bélgica. Neste período, realizou uma série de 44 concertos na França com o Quarteto de Clarinetes Aliénor. Tem atuado como solista com a OSPA e outras orquestras, participado de gravações de CDs e trilhas sonoras de filmes. Realiza concertos de câmara em diversas formações, tendo atuado em São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Belém do Pará, entre outras cidades. Durante seu Mestrado na UFRJ, concluído em 2018, gravou o CD “O clarinete na obra de Bruno Kiefer”, lançado no ano seguinte e ganhador do “Prêmio Açorianos” de melhor instrumentista erudito de 2020. Como professor de clarinete, lecionou no Conservatório Pablo Komlós e no Projeto Sinos Acorda, da Unisinos. Leciona frequentemente em Masterclasses e Festivais Internacionais de Música.

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