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Docente da Uergs, em Montenegro, conquista o XIV Prêmio Açorianos de Artes Plásticas

Igor Simões conquistou um prêmio destaque por sua trajetória profissional
03/11/2021 Ascom UERGS – Foto: Divulgação

O professor Igor Simões, da Uergs em Montenegro, foi premiado na cerimônia do “XIV Prêmio Açorianos de Artes Plásticas”. O evento ocorreu na quarta-feira, dia 27 de outubro de 2021, às 19 horas, em formato híbrido.

O público presencial era constituído apenas por indicados e por integrantes da equipe de produção. A transmissão ocorreu no canal do Youtube “Atelier Livre Xico Stockinger”.

Ao todo, foram 14 modalidades na premiação. Igor ganhou um prêmio por sua trajetória profissional e ainda concorreu na categoria “Destaque Ações de Educação” pelo Programa Educativo Bienal 12. A modalidade acabou sendo vencida pelo projeto “Viagem para Dentro de Mim”, coordenado por Sofia Perseu, museóloga em formação pela UFRGS.

 “Eu estava lá porque o Educativo da Bienal 12, que fiz a curadoria, numa parceria entre a Uergs e a Fundação Bienal, estava concorrendo. Em momento algum poderia imaginar que receberia esse prêmio especial pela minha trajetória profissional”, conta Igor.

O Programa Educativo Bienal 12 é um projeto que tem como intuito criar espaços de escuta e troca entre os agentes da educação. O programa é patrocinado por instituições como os bancos Banrisul e Santander e tem o apoio da Uergs, do Centro Histórico Cultural Santa Casa, da Fundação Iberê Camargo, do Museu de Arte do Rio Grande do Sul e da Secretaria de Estado da Cultura do Rio Grande do Sul.

“Creio que prêmios como esse reforçam nossas perspectivas e horizontes. Antes de tudo espero que ele seja o início de uma série de reconhecimentos para negres e suas trajetórias no estado do Rio Grande do Sul e no Brasil”, afirma Igor Simões

Para o docente, a Uergs foi uma das responsáveis pela conquista, pois foi dentro da sala de aula que surgiram os principais questionamentos que impulsionaram o desenvolvimento de suas pesquisas. “Tento trazer para meus alunos as perspectivas de estudo mais recentes, mas ao mesmo tempo demonstrar onde eles podem chegar. Eu realmente espero que cheguem ainda mais longe do que eu”.

Apesar de ter conseguido conquistar espaço dentro da Universidade enquanto homem e professor negro, Igor reconhece que ainda há muitos desafios e obstáculos enfrentados por pessoas negras. “Não se pode tomar existências individuais como prova de alteração em uma perspectiva que é estrutural. Seria um erro e um desserviço aos que lutam para terem suas humanidade reconhecidas”.

O pesquisador dedica o prêmio especial por sua trajetória profissional à Uergs e às mulheres da sua família. “Esse prêmio é dedicado, antes de tudo, às mulheres negras que me forjaram: minha mãe, minha tia, irmã, avó. Sem elas, eu não seria uma existência possível. Também preciso trazer pro centro desse momento a minha formação e atuação a partir do ensino público e gratuito”.

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