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Argentino César Bustamante conduz OSPA por obras-primas da música sacra neste sábado, dia 23 de outubro

Repertório do século XVIII terá como solistas as cantoras Raquel Fortes e Ariadne Oliveira
20/10/2021 Assessoria de Comunicação da OSPA – Foto: Senado de la Nación / Divulgação

Duas obras icônicas da música sacra estão no repertório do dia 23 de outubro da Orquestra Sinfônica de Porto Alegre (OSPA), instituição da Secretaria de Estado da Cultura (Sedac).

O maestro argentino César Bustamante, coordenador geral de estudos musicais do famoso Teatro Colón, em Buenos Aires, visita Porto Alegre para conduzir a OSPA e as solistas convidadas, Raquel Fortes e Ariadne Oliveira, na execução de “Stabat Mater”, de Pergolesi, e de “Exsultate, Jubilate”, de Mozart.

O concerto será no sábado, dia 23 de outubro, às 17h, na Casa da OSPA e ao vivo pelo canal da orquestra no YouTube. O ingresso pode ser trocado por 1kg de alimento não perecível (veja detalhes no serviço abaixo). A partir deste concerto, será obrigatória a apresentação de comprovante de vacinação.

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Considerado um dos temas mais belos da música sacra, “Stabat Mater” é a obra-prima do italiano Giovanni Battista Pergolesi (1710 – 1736), um dos maiores compositores da Era Barroca. Pergolesi morreu com apenas 26 anos, em um convento de freis capuchinhos em Pozzuoli, onde se internou devido ao avanço de uma tuberculose. Lá, em seus últimos dias de vida, compôs “Stabat Mater”. O texto é baseado em um hino medieval do século XIII atribuído ao beato Jacopone da Todi e retrata o momento da morte de Cristo sob a perspectiva de Maria. O maestro César Bustamante lembra que a obra foi um sucesso: “Pergolesi compôs esta sequência litúrgica já doente e sabendo que logo morreria. Por sorte, o manuscrito completo foi conservado, o que não é habitual para outras obras do compositor, e alcançou tanta popularidade que ganhou edições por toda a Europa. O próprio Bach, cerca de 10 anos depois da estreia, escreveu um arranjo praticamente idêntico adaptando o texto para o Salmo 51 em alemão. Além do uso peculiar de dissonâncias harmônicas, do tom dramático e religioso, a obra reflete o sofrimento de uma mãe pela morte do filho”.

A mezzo-soprano curitibana Ariadne Oliveira e a soprano paraense radicada em Porto Alegre Raquel Fortes se revezarão entre as árias e duetos da obra, que é famosa principalmente pelo dueto inicial. "É uma obra muito bonita, sublime e emotiva, que exige dramaticidade interpretativa por parte das solistas, mas também certa leveza e agilidade em alguns movimentos. Enfim, é uma grande alegria para mim poder interpretá-la", comenta Ariadne.

Raquel Fortes, que estrelou a ópera da OSPA “Orfeu e Eurídice” em 2019, retorna ao palco para a segunda parte do programa, com outra grande obra sacra do século XVIII: “Exsultate, Jubilate”, do compositor austríaco Wolfgang Amadeus Mozart (1756 – 1791). Estreada em 1773 em Milão, a peça foi escrita por um jovem Mozart para o castrato Venanzio Rauzzini e até hoje segue como uma favorita no repertório de sopranos do mundo todo, especialmente o movimento final, o desafiante “Aleluia”.

Raquel ressalta os desafios da obra: “Acredito que para Mozart naquele momento o interessante não era compor uma obra sacra, mas sim uma obra dedicada àquele cantor, que deveria ter uma voz impressionante. Os castrati tinham qualidades vocais impressionantes. É uma peça de estudo para sopranos com passagens difíceis, recheada de demonstrações de habilidades vocais, indo do médio grave às agilidades agudas”.

César Bustamante (regente – Argentina)

Pianista, diretor e arranjador de diversos gêneros musicais, graduou-se em Direção Coral e Licenciatura Superior na Facultad de Bellas Artes da Universidad Nacional de La Plata (UNLP). Tem vasta experiência como pianista e diretor de espetáculos e desde 2010 dirige o Coro de Niños del Teatro Colón. Recentemente dirigiu as produções líricas para o ciclo “Vamos al Colón”, apresentando as estreias argentinas de “El Gato con Botas”, de Xavier Montsalvatge (Teatro Colón-Teatro Bicentenario de San Juan), “Pollicino” de Hans Werner Henze e “La Cenicienta” de Gioacchino Rossini (ambas no Teatro Colón). Como regente convidado, já esteve à frente das orquestras Filarmônica de Buenos Aires, Estable del Teatro Colón, de Cámara do Congreso de la Nación e Sinfónica de Santa Fe, entre outras.  Atualmente é coordenador geral de estudos musicais do Teatro Colón, cargo que também ocupou entre 2011 e 2014.

Raquel Fortes (soprano – Brasil)

Raquel Fortes é soprano coloratura natural de Belém do Pará e bacharel em música pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Iniciou seus estudos de canto como integrante do coro da OSPA com o tenor Decápolis de Andrade e aperfeiçoou-se no Opera Studio do Theatro Municipal de São Paulo sob a direção do maestro Gabriel Rhein-Schirato. Tem no currículo vários títulos entre óperas, obras de concerto e peças de câmara. Para as estreias mundiais de duas obras do compositor brasileiro Ricardo Calderoni esteve sob a regência dos maestros ‎Ilya Stupel (Suécia) e Christian Schulz (Áustria). Junto a Ospa fez diversos concertos pelo interior do Rio Grande do Sul e interpretou a personagem Amor na ópera “Orfeu e Eurídice” de Christoph Willibald Gluck.

Ariadne Oliveira (mezzo-soprano – Brasil)

Natural de Curitiba, a mezzo-soprano Ariadne Oliveira graduou-se na Escola de Música e Belas Artes do Paraná em 2002, na Classe de Canto da renomada soprano Neyde Thomas. Através de uma bolsa de estudos concedida pela Fundação VITAE (SP) no ano de 2005, aperfeiçoou-se em Milão com a mezzo Bianca Maria Casoni (docente da Academia do Teatro Alla Scala de Milão, Itália) e em Berlim, com o barítono Roman Trekel, cantor do Berliner Staatsoper. Vencedora dos mais importantes concursos de canto do Brasil, a exemplo do Concurso Maria Callas e Bidu Sayão, Ariadne Oliveira fez sua estreia em óperas, no papel de Rosina de “O Barbeiro de Sevilha,” no Theatro São Pedro (SP) em 2005, vindo a desenvolver uma intensa atividade como solista. Desde então, apresenta-se tanto em importantes salas do Brasil, como também em vários países do exterior como Alemanha, Paraguai, Itália e Argentina.

Visita segura

Em acordo com as orientações do Governo do Estado do RS referentes à pandemia da Covid-19, o concerto seguirá os seguintes protocolos de segurança: ocupação reduzida da Casa da OSPA, disponibilização de álcool gel aos visitantes, medição de temperatura na entrada, distanciamento social nos espaços de passagem e na ocupação das poltronas da Sala de Concerto. O público deverá apresentar um comprovante de vacinação e usar máscara durante todo o concerto. Também é possível acompanhar os concertos da OSPA gratuitamente e ao vivo pelo canal da orquestra no YouTube e pela plataforma #CulturaEmCasa.

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