Notícias


Deputada Luciana Genro defende reajuste do salário-mínimo regional em audiência pública

Em 2021, o projeto encaminhado pelo governador prevê um reajuste de 2,73%, levando a menor faixa de R$ 1.237,15 para R$ 1.270,92
17/08/2021 Agência de Notícias ALRS - Foto: Divisão de fotografia / Divulgação

A Comissão de Economia da Assembleia Legislativa realizou, na quarta-feira, dia 11 de agosto de 2021, audiência pública sobre o cumprimento da lei do piso regional em 2021.

Os deputados e representantes de categorias e sindicatos abordaram a importância do salário-mínimo para que os trabalhadores recuperem seu poder aquisitivo e tenham uma renda digna. A deputada Luciana Genro (PSOL), uma das proponentes da audiência, defendeu o reajuste no piso.

Cadastre-se no Grupo de Notícias do Whatsapp do Portal de Camaquã e receba novas informações todo o dia. Você receberá notícias apenas da nossa redação. O Portal de Camaquã nunca entra em contato para cadastrá-los em novos grupos nem faz qualquer tipo de solicitação por mensagem. Para se cadastrar automaticamente no grupo, clique neste link.

No início de 2020, o governo do Estado chegou a enviar um projeto de lei que reajustaria em 4,5% o salário-mínimo, mas o texto só foi votado em dezembro do ano passado e, através de uma emenda, os deputados aprovaram reajuste zero.

Em 2021, o projeto encaminhado pelo governador Eduardo Leite prevê um reajuste de 2,73%, o que levaria a menor faixa de R$ 1.237,15 para R$ 1.270,92.  O índice equivale a 50% da variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) de 2020.

“Dentro da Assembleia, a gente vivencia uma verdadeira luta de classes, assim como na sociedade. Temos os parlamentares que defendem os interesses da burguesia e os que defendem a classe trabalhadora. E isso se manifesta de forma muito cristalina na discussão sobre o piso regional. Os que estão do lado de lá são os que querem liquidar com o piso regional”, colocou Luciana Genro.

A deputada afirmou que a mobilização dos trabalhadores é fundamental para que se pressione os parlamentares que estão “em cima do muro”, combinada com os tensionamentos que podem ser provocados pelos deputados a favor do piso.

A dirigente do Sindisaúde-RS e da Intersindical, Lúcia Mendonça, falou sobre os trabalhadores da saúde que dependem do piso regional, lembrando da importância das categorias durante o período da pandemia.

“Esses trabalhadores nesse período de pandemia foram de extrema importância, foram enaltecidos pela mídia e redes sociais como heróis. Ficamos lisonjeados com as palmas, os elogios, mas nós buscamos o reconhecimento, a valorização, e isso depende do salário. O salário em muitos hospitais e clínicas é baseado no piso regional. É muito bonito o discurso de heróis, mas quando vamos ao supermercado, farmácia, ao posto de gasolina, não conseguimos pagar com palmas”, comentou.

Os deputados pretendem viabilizar uma articulação na Assembleia e com o governo para que o reajuste seja maior do que os 2,73% propostos, considerando também que o piso não foi reajustado em 2020. 

MAIS NOTÍCIAS