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Audiência pública discutiu em reunião na quarta, dia 13, a ausência de maternidade em Guaíba

O requerimento para a audiência foi feito pelo deputado Dr. Thiago Duarte (DEM)
14/11/2019 Agência de Notícias ALRS / Sheyla Scardoelli com informações de André Lisbôa - Estagiário de Jornalismo – Foto: One Life from Pixabay / Divulgação

Representando a Secretaria Estadual de Saúde, Lisângela Campo comentou a situação do município e a posição do órgão estadual. “Estamos no aguardo da entrega de um plano operativo vindo do Executivo de Guaíba, para a avaliação da Secretaria. A cidade teve, em 2017, 1.332 nascimentos, que acabam ocorrendo, em grande parte, em Porto Alegre. E isso nos preocupa muito, pois a capital é referência para gestantes de alto risco e a vinda das gestantes de Guaíba gera um impacto nesta rede”, afirma. A técnica em Saúde e Ecologia Humana ainda comentou que, a princípio, a ideia da pasta é abrir uma maternidade de risco habitual na cidade, que daria conta de 85% dos nascimentos.

A saúde preventiva no município é a grande preocupação da promotora de Justiça de Guaíba, Mariana Pires. “Gostaríamos de ter uma maternidade que não fosse só para Guaíba, mas para as cidades mais próximas como Eldorado, Barra do Ribeiro.

Mas o que me preocupa é a saúde preventiva das gestantes. É previsto que haja um acompanhamento mensal da equipe de Saúde da Família, e em Guaíba temos seis equipes para mais de 100 mil habitantes. O ideal seria uma equipe para cada 3 mil pessoas”, pontuou.

O plano para o início das operações da maternidade em Guaíba foi exposto pelo procurador-geral da cidade, Cesar Augusto Waimer. “De 2017 para cá, o sistema político orçamentário nunca foi favorável para o início do custeio da maternidade por parte do estado, por exemplo. De maio para cá, se conversou com a Secretaria de Saúde no intuito de achar um mecanismo de custeio destas atividades sem criar orçamento novo. Se chegou à conclusão que, para a abertura, Guaíba será referência para Eldorado do Sul e Barra do Ribeiro. E os recursos destas cidades, que vão para Porto Alegre, seriam enviados para Guaíba, não criando orçamento novo, mas garantindo o custeio destas operações. O cronograma é de que a maternidade inicie suas atividades em março, pois precisamos concluir um projeto de adequação arquitetônica no prédio do Pronto Atendimento”.

Vereadora e presidente da Comissão de Saúde da Câmara Municipal de Guaíba, Claudinha Jardim comentou que existem informações desencontradas. “As representantes da Secretaria Estadual de Saúde dizem que não receberam um plano operativo, mas o governo municipal diz que já enviou. Fiz um pronunciamento na tribuna da Câmara Municipal solicitando informações e fico feliz em saber que haverá uma audiência pública na cidade para discutir o plano. Precisamos saber o que há de concreto, não só observar maquetes bonitas”.

O deputado Dr. Thiago Duarte colocou a Comissão da AL à disposição para acompanhar a situação da maternidade na cidade, seja por meio de diálogo com a Secretaria Estadual de Saúde ou por emendas parlamentares, e deixou como encaminhamento indagar ao órgão estadual se há algum processo em relação à maternidade de Guaíba tramitando, e informar sobre seu andamento. A mesma solicitação será feita à Secretaria Municipal de Saúde de Guaíba.

Também se manifestaram o secretário de Governo de Guaíba, Rodrigo Pedroso, e a enfermeira da Secretaria Estadual de Saúde, Grete Maria Raubach.

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