Percentual de famílias gaúchas endividadas atinge o maior nível desde maio de 2011, mas indicadores de inadimplência seguem baixos
Divulgada nesta quarta-feira, dia 07, a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência da Fecomércio-RS (PEIC-RS) registrou o percentual de famílias endividadas da ordem de 78,6%. Esse é o maior percentual desde maio de 2011, em que houve o registro de 80,4%.
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Conforme as edições anteriores, o endividamento segue apresentando aumentos sucessivos simultâneos à queda nos indicadores de inadimplência. O percentual de famílias com contas em atraso atingiu os 20,8%, enquanto que em junho do ano passado era de 27,8%. Ainda, o percentual de famílias que não terão condições de quitar seus compromissos dentro dos próximos 30 dias foi de apenas 5,0%, o menor percentual desde novembro de 2018 (4,7%).
O aumento do percentual de famílias endividadas vem ocorrendo em um contexto de aumento da inflação, de redução nos valores e no alcance do auxílio emergencial. Diante deste quadro, ao que parece, o crédito se torna uma alternativa para recompor a renda dos indivíduos.
Contudo, como a recuperação do mercado de trabalho segue bastante lenta e ainda há muita incerteza, as pessoas têm sido mais cautelosas ao tomar crédito. A parcela da renda comprometida com o pagamento de dívidas (20,4%) e o prazo de comprometimento com dívidas têm sido menor (5,5 meses). O tempo de atraso também diminuído mostrando também um maior planejamento da gestão das finanças domésticas.
"As pessoas aprenderam que evitar a inadimplência é fundamental para assegurar o acesso ao crédito, tão necessário neste período em que o poder de compra se encontra reduzido em virtude da queda da renda e da pressão inflacionária", comentou o presidente da Fecomércio-RS, Luiz Carlos Bohn.
Ele ainda reforçou que nos próximos meses, porém, o aumento das taxas de juros e a persistência da inflação podem perturbar esse rumo sustentável que demonstram os indicadores de inadimplência.
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