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História emocionante de músico vira obra com estreia no próximo concerto da OSPA, no dia 10 de julho

Programa inclui duas peças inéditas para tuba e famosa sinfonia de Antonín Dvorák
07/07/2021 Assessoria de Comunicação da OSPA – Foto: Divulgação

Há um grande repertório de músicas de concerto para piano, violino e violoncelo. Mas a Orquestra Sinfônica de Porto Alegre (OSPA), instituição da Secretaria de Estado da Cultura (Sedac), está comprometida a ampliar esse universo, dando espaço para outros instrumentos brilharem. Em 10 de julho, será a vez da tuba.

O concerto terá a estreia mundial de duas obras compostas especialmente para o tubista da OSPA Wilthon Matos, que será o solista da ocasião. Uma delas, transforma em música um período difícil da sua vida, quando seu filho foi hospitalizado. Já os fãs do compositor tcheco Antonín Dvorák poderão apreciar a “Sinfonia nº 8 em Sol maior, op. 88”.

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Vindo do Rio de Janeiro, André Cardoso é o maestro convidado da apresentação, marcada para este sábado, às 17h, com transmissão ao vivo pelo YouTube e público presencial limitado a 15% da capacidade da Sala de Concertos da Casa da OSPA. O ingresso pode ser trocado por 1kg de alimento não perecível (mais detalhes no serviço).

Natural de Belém do Pará, Wilthon é músico da OSPA, além de professor e maestro da Banda Sinfônica da Escola da OSPA e membro do Quinteto Porto Alegre. Engajado na divulgação da tuba, ele costuma solicitar novas peças para o instrumento a diferentes compositores. O paranaense Renato Segati de Moraes atendeu ao pedido com “Concerto para Tuba e Pequena Orquestra”, uma representação sonora de um momento na vida de Wilthon, quando seu filho Eduardo Henrique Gomes Matos, de 13 anos, foi hospitalizado, em 2019. Os quatro movimentos da peça acompanham a jornada de pai e filho: “I. Ambiente. Confortável” é a calmaria antes da doença; “II. Drama. Apreensivo” trata da internação do menino na UTI; “III. A busca. Com fé”, mostra a torcida pela recuperação e a importância da religião para a família, e “IV. Milagre. Aliviado - contagiante”, traz a celebração da cura que antes parecia improvável.

 

“Termina com o movimento mais rápido para dar a ideia do Eduardo andando de bicicleta novamente”, conta Wilthon.

A outra peça inédita é “Momento Nordestino n° 5”, escrita para tuba e orquestra de cordas pelo compositor pernambucano Beetholven Cunha, em 2017. O trabalho inclui elementos rítmicos e melódicos da música popular do nordeste brasileiro (aboio, baião e xote), além de explorar as possibilidades técnicas da tuba frente a uma orquestra de cordas.

Na segunda parte da apresentação, a orquestra faz uma incursão ao repertório mais tradicional de concerto. A OSPA executa “Sinfonia nº. 8 em Sol maior, op. 88”, uma das maiores obras do tcheco Antonín Dvorák. Trata-se da última sinfonia escrita pelo compositor antes de se mudar para os Estados Unidos e compor sua obra mais famosa, a "Sinfonia do Novo Mundo". A obra, criada em 1889, foi escolhida pelo maestro André Cardoso: “Talvez seja a mais tcheca das nove sinfonias do Dvorák por conta das melodias que ele traz”, comenta o regente.

Visita segura

Em acordo com as orientações do Governo do Estado do RS referentes à pandemia da Covid-19, o concerto seguirá os seguintes protocolos de segurança: ocupação de 15% da capacidade da Casa da OSPA, disponibilização de álcool gel aos visitantes, uso obrigatório da máscara, medição de temperatura na entrada, distanciamento social nos espaços de passagem e na ocupação das poltronas da Sala de Concerto. Também é possível acompanhar os concertos da OSPA gratuitamente e ao vivo pelo canal da orquestra no YouTube e pela plataforma #CulturaEmCasa.

Sobre André Cardoso (regente – Brasil)

Violista e regente graduado pela Escola de Música da UFRJ, com mestrado e doutorado em Musicologia pela UNIRIO, além de estudos na Universidade de Cuyo (Mendoza) e no Teatro Colón de Buenos Aires, na Argentina. Em 1994, venceu o Concurso Nacional de Regência da Orquestra Sinfônica Nacional da UFF, passando a atuar à frente de algumas das principais orquestras brasileiras. No Teatro Municipal do Rio de Janeiro foi maestro assistente da Orquestra Sinfônica, entre 2000 e 2007, e diretor artístico das temporadas de 2015 e 2016. É também pesquisador e professor de regência e prática de orquestra da Escola de Música da UFRJ, da qual foi diretor entre 2007 e 2015. É membro da Academia Brasileira de Música, que presidiu entre 2014 e 2017, e coordena o Sistema Nacional das Orquestras Sociais do Brasil.

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Sobre Wilthon Matos (tuba – Brasil)

É solista da Orquestra Sinfônica de Porto Alegre, professor de tuba e eufônio e maestro da Banda Sinfônica da Escola da OSPA, membro do Quinteto Porto Alegre e acadêmico da Academia Paraense de Música. Vem atuando como solista em orquestras e como palestrante em festivais no Brasil, Uruguai e Estados Unidos. Estudou no Conservatório Carlos Gomes, em Belém (PA), com os professores Ricardo Cabrera e Valmir Vieira. Recebeu vários prêmios como jovem solista, entre eles o do Festival Eleazar de Carvalho (2004, Fortaleza-CE) e o Prêmio Funarte Circuito de Música Clássica 2010, no projeto Concertos Tuba Brasil, primeira turnê de tuba e piano no Brasil com repertório de compositores brasileiros.

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