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Dois casos de entrega de ilícitos por drone são frustrados em poucos dias na Região Carbonífera gaúcha

Artefato tecnológico custa cerca de 75 mil reais
15/04/2021 Imprensa Seapen – Foto: Divulgação
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Uma prática que não é de hoje, mas que tem se intensificado neste ano de 2021: a utilização de drones para tentar fazer entrar no sistema penitenciário uma série de objetos e substâncias ilícitas.

Diante disso, a Susepe tem orientado os seus policiais penais a redobrarem os esforços no sentido de fiscalizar e coibir essa nova modalidade de arremesso, assim como tem investido em tecnologia, através de videomonitoramento, e instalando telamento nas casas prisionais onde essa medida é possível. Quanto a este último recurso, algumas regiões do Estado já apresentam um grande número de estabelecimentos devidamente cercados, dificultando o acesso aéreo.

Só neste ano, foram registradas seis tentativas frustradas com o uso dessa modalidade no sistema prisional, casos em que, ou os operadores foram pegos de surpresa ao tentarem fazer o equipamento operar, nas proximidades das casas prisionais, ou os aparelhos foram derrubados no ar, a tiros.

Os casos aconteceram no Presídio Estadual de Arroio dos Ratos (duas vezes), na Penitenciária de Alta Segurança de Charqueadas (duas vezes), no Presídio Regional de Pelotas e na Penitenciária Estadual de Rio Grande. Há de se ressaltar que não estão contabilizadas aí as vezes em que os ilícitos foram apreendidos, mas o equipamento eletrônico, não.

Mas mais dois casos de apreensão vem a se somar a essa estatística. O primeiro na Penitenciária Estadual do Jacuí (PEJ), neste sábado (10), por volta das 16h, quando os policiais militares identificaram e abateram a tiros de calibre 12 um “drone” que tentava entregar uma grande quantidade de materiais ilícitos na casa prisional.

O aparelho abatido ficou preso a um fio que passava dos limites do Regime semiaberto, em direção à rua. Os PMs seguiram a linha que ia em direção a um matagal, onde acabaram logrando êxito na apreensão de um pacote pesando aproximadamente 11 Kg.

O material apreendido, além do drone DJI Matrice 600 PRO com 06 baterias (só ele custando cerca de 70 mil reais), constava de 28 aparelhos celulares, cerca de 1,5 kg de substância semelhante à maconha, cerca de 2,5 kg de substância semelhante à cocaína, cerca de 1,2 kg de substância semelhante ao crack, alguns acessórios, capas e fones de celular e algumas poucas cartelas de remédios.  

O segundo, na Penitenciária Modulada Estadual de Charqueadas, nesta segunda-feira (12), às 8h40, quando os Agentes de plantão avistaram um drone sobrevoando e largando um invólucro no pátio de sol do MV IV, o qual ficou preso na tela de segurança. Os apenados da galeria C tentaram pegar o invólucro, sendo necessário efetuar disparos de calibre 12, munição não letal CD, para dispersar os presos, sendo todos eles retirados do pátio, sem nenhum incidente.

A equipe da Atividade de Segurança e Disciplina e os agentes de plantão apreenderam o embrulho lançado pelo drone, o qual continha dois invólucros com substância semelhante à cocaína e um invólucro com substância semelhante ao crack.

Em ambos os casos, o material foi encaminhado, como de praxe, à delegacia de polícia de pronto atendimento do Município, para o registro da ocorrência.

Segundo o delegado regional da 9ª Região, Paulo Ricardo Hennes Pires, “infelizmente, tal prática, assim como em todo o RS, tem se tornado uma rotina nas casas prisionais da região carbonífera, situação que tem sido administrada com algum sucesso devido ao trabalho persistente e conjunto dos servidores penitenciários com o 28º Batalhão de Polícia Militar de Charqueadas”.

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