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Exportações de carne suína registram maior volume mensal da história

Embarques de carne de frango revertem saldo do bimestre e alcançam 1,4% de alta nos três primeiros meses
11/04/2021 Critério Resultado em Opinião Pública – Foto: Divulgação

As exportações brasileiras de carne suína (considerando todos os produtos, entre in natura e processados) totalizaram 109,2 mil toneladas em março, informa a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA).

O número supera em 51,5% os embarques registrados no mesmo período do ano passado, quando foram exportadas 72,1 mil toneladas. Em receita, as vendas do setor alcançaram US$ 261,7 milhões — 57,6% a mais do que o total registrado no terceiro mês de 2020.

No acumulado do ano, as exportações de carne suína chegaram a 253,5 mil toneladas. O  volume é 21,86% maior do que o registrado no primeiro trimestre de 2020 — quando foram embarcadas 208 mil toneladas. O saldo dessas vendas alcançou US$ 594 milhões, número 22,4% superior ao do mesmo período do ano passado (US$ 485,1 milhões).

“É o maior volume mensal de exportações já registrado pela suinocultura do Brasil, e reforça a expectativa de novo recorde nas vendas totais para o ano. Tudo isso, sem desabastecer o mercado doméstico”, analisa Ricardo Santin, presidente da ABPA.

Principal destino das exportações de carne suína, a China importou 58,7 mil toneladas em março (+64,6%), e 132,9 mil toneladas no trimestre (+36,5%). Em segundo lugar, Hong Kong importou 17,5 mil toneladas em março (+49,9%) e 37,3 mil toneladas no trimestre (-6,2%). Em seguida vem o Chile, que comprou 5,1 mil toneladas em março (+98,2%) e 15 mil toneladas no trimestre (+69,6%).

Santa Catarina segue como maior exportador de carne suína. Embarcou 126,7 mil toneladas no primeiro trimestre — uma alta de 13,86% na comparação com o mesmo período de 2020. Em seguida estão Rio Grande do Sul, com 68,8 mil toneladas (+39,5%); e Paraná, com 34,5 mil toneladas (+27,1%).

CARNE DE FRANGO - As exportações brasileiras de carne de frango (considerando todos os produtos, entre in natura e processados) totalizaram 396 mil toneladas em março, segundo a ABPA.  O número supera em 13,3% o total exportado no terceiro mês de 2020, com 349,5 mil toneladas. Em receita, os embarques de março alcançaram US$ 603,6 milhões, número 9,2% superior ao alcançado no terceiro mês do ano passado, com US$ 552,5 milhões.

No trimestre, os embarques de carne de frango têm alta acumulada de 1,44%, com 1,036 milhão de toneladas exportadas contra 1,021 milhão de toneladas no mesmo período de 2020. Em receita, o saldo das exportações do setor alcançou US$ 1,559 bilhão, o que significa uma queda de 4,6% em relação ao mesmo período do ano passado (US$ 1,635 bilhão).

“O volume embarcado em março foi positivo e reverteu o desempenho do primeiro bimestre, mantendo as previsões de altas do setor produtivo para 2021”, analisa o diretor de mercados da ABPA, Luis Rua.

Na Ásia, a China importou em março 55,6 mil toneladas, volume 6,9% maior que o efetuado no mesmo período de 2020. No trimestre, as vendas para o mercado chinês alcançaram 148 mil toneladas, número 11,6% menor em relação ao mesmo período do ano passado.

No Oriente Médio, com a maior alta registrada entre os mercados importadores de frango do Brasil, a Arábia Saudita, no segundo posto, importou 41,1 mil toneladas em março (+4%) e 120,8 mil toneladas no trimestre (+8,5%). Na África, a África do Sul (quarto maior destino) importou 29,9 mil toneladas em março (+36,3%) e 78,4 mil toneladas no trimestre (+31,9%).

Entre os estados, o Paraná segue como maior exportador de carne de frango do Brasil, com 419 mil toneladas embarcadas no primeiro trimestre — 5,4% a mais do que no mesmo período de 2020.  Em seguida estão Santa Catarina, com 225,9 mil toneladas (-10,14%); e o Rio Grande do Sul, com 161,8 mil toneladas (-2,53%).

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