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“Fechar turmas do EJA é negar direito básico à educação”, diz Deputada Luciana Genro em audiência pública

O EJA atinge majoritariamente pessoas de baixa renda que buscam retomar o processo de escolarização
25/03/2021 Agência de Notícias ALRS - Foto: Reprodução / ALRS

Na segunda-feira, dia 22 de março de 2021, a deputada estadual Luciana Genro (PSOL) participou de uma audiência pública da Comissão de Educação que tratou do fechamento de turmas e da totalidade do atendimento à Educação para Jovens e Adultos (EJA) em escolas do estado.

O EJA atinge majoritariamente pessoas de baixa renda que buscam retomar o processo de escolarização, já que por motivos diversos tiveram que interromper os estudos durante a idade escolar. Uma pesquisa do IBGE aponta que 40% da população brasileira de 25 anos ou mais sequer concluíram o Ensino Fundamental, o que representa mais de 53 milhões de pessoas.

“A redução de matrículas demonstra que há uma política clara de esvaziamento. Meu mandato recebeu diversas denúncias de cidades que estão fechando suas únicas turmas e quero me somar nessa mobilização. Se não tiver EJA para quem eventualmente abandona os estudos e quer retomar o processo de escolarização, vamos negar um direito básico que é a educação”, declarou Luciana Genro.

A deputada ainda apontou que reduzir vagas da EJA significa atacar brutalmente a possibilidade de escolarização de uma camada da população que é mais vulnerabilizada, em especial neste momento de pandemia. Para Luciana, é preciso pressionar governo e municípios para que a modalidade seja mantida e ampliada, pois a política de fechamento de turmas do EJA coloca em patamares ainda mais inferiores os índices de alfabetização do Estado.

“O cenário de pandemia que vivemos não pode ser utilizado como argumento pelo governo para dizer que há pouca procura de interessados em ingressar em turmas do EJA”, comentou a deputada. Em alguns casos, o fechamento das turmas significa o encerramento do EJA no município, como ressaltou a diretora da Escola Estadual Raul Pila, de Cidreira, professora Adalgisa.

Como encaminhamentos, a Comissão de Educação – juntamente com a Defensoria Pública Estadual e o CPERS Sindicato – buscará diálogo com a nova secretária de educação, Raquel Teixeira, bem como com o Ministério Público Estadual para levar adiante as denúncias e exigir a manutenção e o fortalecimento das turmas do EJA no Rio Grande do Sul.

Abaixo-assinado mobiliza comunidade em defesa do EJA

Uma das regiões do estado mais afetadas pela política de desmonte das turmas do EJA é o Litoral Norte. Neste sentido, o 13º Núcleo do CPERS Sindicato lançou um abaixo-assinado reivindicando a reabertura imediata de matrículas e vagas para a EJA na região. Essa modalidade de educação é fundamental para permitir que jovens e adultos retornem à escola e tenham a oportunidade de concluir seus estudos. Assine o abaixo-assinado em defesa da EJA e da educação pública, pelo não-fechamento de vagas no litoral norte no Rio Grande do Sul: http://chng.it/hP77VZ6r.

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