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Equipes buscam 200 desaparecidos após rompimento de geleira na Índia

Até o momento, 18 corpos foram encontrados
09/02/2021 Agência Brasil – Foto: Divulgação

Socorristas indianos mantinham as buscas, na segunda-feira, dia 8 de fevereiro de 2021, por mais de 200 pessoas desaparecidas depois que parte de uma geleira remota do Himalaia se rompeu, destruindo pontes, rompendo represas e lançando uma torrente de água, pedras e entulho de construção pelo vale de uma montanha.

O desastre de domingo, dia 7, logo abaixo do pico Nanda Devi, o segundo mais alto da Índia, varreu a pequena hidrelétrica de Rishiganga que estava em construção e danificou uma usina maior rio abaixo, sendo construída pela empresa estatal NTPC.

Até o momento, 18 corpos foram recuperados, disseram as autoridades. A maioria dos desaparecidos é de pessoas que trabalhavam nos dois projetos, parte dos muitos que o governo vem construindo nas montanhas do Estado de Uttarakhand como parte de um esforço de desenvolvimento econômico.

"No momento, cerca de 203 pessoas estão desaparecidas", disse o ministro-chefe do Estado, Trivendra Singh Rawat. Mohd Farooq Azam, professor assistente de glaciologia e hidrologia do Instituto Indiano de Tecnologia em Indore, disse que uma geleira suspensa se rompeu.

"Nossa hipótese atual é que a água acumulada e presa nos detritos-neve abaixo da geleira foi liberada quando a massa de rocha da geleira caiu", disse.

Vídeos nas redes sociais mostraram água passando por uma pequena barragem, levando equipamentos de construção e derrubando pequenas pontes. "Tudo foi varrido, pessoas, gado e árvores", disse Sangram Singh Rawat, ex-membro do conselho da vila de Raini, próxima do projeto Rishiganga.

Especialistas disseram que nevou forte na semana passada na área de Nanda Devi e é possível que parte da neve tenha começado a derreter e possa ter causado uma avalanche.

As equipes de resgate estavam concentradas na perfuração de um túnel de 2,5 quilômetros de comprimento no local do projeto hidrelétrico Tapovan Vishnugad, que a NTPC estava construindo 5 quilômetros rio abaixo, onde cerca de 30 trabalhadores estavam presos.

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