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Senar-RS promove qualificação para produtores de mel

Entidade oferece cursos presenciais, além de disponibilizar lives da Maratona da Inovação no YouTube
02/02/2021 Padrinho Agência de Conteúdo / Tatiana Py Dutra – Foto: Divulgação

O Rio Grande do Sul é um dos líderes da produção do mel no Brasil, mas não basta consolidar posição sem garantir qualidade. Foi para garantir que os produtores gaúchos tivessem incremento em profissionalização e na administração de seus negócios que o programa Juntos para Competir focou seus esforços na apicultura.

E em 2020, o programa — realizado pela Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul (Farsul), Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar-RS) e Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae-RS) — promoveu a Maratona da Inovação da Apicultura. Em três lives abertas ao público em geral, técnicos e produtores falaram sobre questões como produção, manejo, fiscalização, certificação e comercialização do produto.

“Foi muito importante, porque tivemos a vivência de produtores contando suas experiências. Na segunda live, um produtor de Dom Pedrito falou da importância de um bom rótulo, e da disposição do produto na gôndola. Também salientou que a aparência e o gosto do mel interferem nas vendas. Ele contou que periodicamente vai aos mercados verificar seus produtos. Ele verifica e prova. Se está com cor muito escura, ou cristalizado, ele troca. Essa é uma forma de fidelizar o cliente”, conta Ricardo Lopes de Almeida, supervisor regional do Senar-RS Litoral/Vales, que mediou as lives.

Almeida acrescenta que, como foi explicado nas lives, a cor do mel está diretamente ligada à florada que as abelhas tiveram como fonte; e que saber manejar as caixas de uma floresta para outra, em busca de floradas mais ricas é fundamental para incrementar a produção. Os vídeos, que tiveram cerca de 1,5 mil visualizações, seguem disponíveis no canal do Senar-RS no YouTube (www.youtube.com/SenarRioGrandedoSul).

“Como reuniríamos três produtores e três técnicos em três seminários com mais de mil pessoas em uma pandemia? Qual a melhor forma de levarmos mais informações para atender mais produtores? É a internet”, conclui Almeida.

Mais do que pensar em investimento financeiro, o supervisor afirma que a educação é o primeiro passo para quem quiser iniciar na apicultura.

“Para fazer um projeto de apicultura para a propriedade, é possível buscar financiamento. Mas minha primeira orientação é buscar um dos cursos do Senar-RS. Temos quatro: Manejo Básico, que é para ver como se desenvolve a atividade; Manejo Básico, Manejo Avançado, Produção de Própolis e Produção de Geleia Rea”, sugere.

Almeida explica que a apicultura, como outras criações, é uma atividade trabalhosa, que exige conhecimento e envolve riscos e oportunidades.

“Não existe dinheiro fácil. Não dá para deixar a caixa de abelhas na floresta e virar as costas. Tem que verificar o desenvolvimento da colmeia, enfrentar o risco de furto, os desafios da comercialização. Mas há oportunidades. Na Serra, apicultores alugam as caixas de abelhas para polinização de macieiras. É um dos exemplos de como diversificar a atividade”, diz o supervisor.

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