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Projeto Expedição na Estrada tem o mundo como quintal

Casal que viaja em uma picape Chevrolet ano 1951 está em Pelotas e segue domingo, dia 13
11/10/2019 Satolep Press – Foto: Nauro Junio
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Mary Lou tem 68 anos e já desbravou as estradas do Brasil com vitalidade e todo charme de uma clássica picape Chevrolet 3100, que mantém o motor original.

Sem pressa, mas com espírito desbravador, a meta é chegar ao Alaska com os seus parceiros de aventura: o geógrafo André Jardim, 41, e a geóloga Júlia Prates, 35. Juntos eles formam o time da Expedição Na Estrada, que nasceu em 2013, baseada em muito planejamento e colocando em prática o ditado “devagar se vai ao longe”.

Desde o começo da semana o casal está em Pelotas, com os amigos da Expedição Fuscamérica, fazendo os últimos preparativos para dar seguimento ao sonho de desvendar a América.

Viver com pouco e ter o mundo como quintal de casa é um modo cada vez mais recorrente de escolha. Quem percorre as estradas da América do Sul encontra muitas histórias parecidas.

Para colocar em prática o projeto, o mineiro e a brasiliense deixaram o emprego, venderam tudo e mudaram alguns conceitos para se adaptarem à vida em pouco menos de 10 metros quadrados.

“Temos uma camper acoplada na picape, onde está tudo o que precisamos”, conta Júlia. O espaço foi pensado e construído para comportar uma espécie de cozinha, quarto, sala e banheiro – tudo em um só ambiente.

“Durante oito meses de viagem pelo Brasil nós fizemos alguns ajustes, inclusive nos desapegando de muitas coisas que percebemos desnecessárias”, destaca André.

Sem pressa e apreciando o caminho, eles aportam na próxima semana no Uruguai. A picape, que pertenceu ao pai de André, roda com uma velocidade média de 60 km/hora. “Percorremos em torno de 200 quilômetros por dia, para não forçar o motor e apreciar os lugares por onde passamos”, reforça.

É nesse ritmo que seguirão até Ushuaia, na Argentina, para depois apontar rumo ao Alaska. Ao longo do caminho, além de desbravar as mais diferentes culturas, o casal faz crochet e vende as peças artesanais que produzem. É uma forma de mergulhar em uma época, onde a pressa não fazia parte do cotidiano. “Talvez seja uma oportunidade de compreendermos com mais profundidade o verdadeiro sentido da vida”, finaliza Júlia.

Quem quiser seguir os próximos passos dessa história pode acompanhar o trio nas redes sociais. No Instagram do projeto @expnaestrada ou pelo Facebook /expnaestrada. A entrevista completa sobre o projeto está disponível no canal do You Tube da Expedição Fuscamérica.


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