Entidades de Camaquã buscam junto a Secretaria de Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural do Estado, manter as atividades da Companhia Estadual de Silos e Armazéns (CESA) no município.

O ofício foi entregue na terça-feira, dia 24 de novembro de 2020, pelo ex-coordenador de programas da Secretaria, Rodrigo Warlet Machado, ao deputado federal e atual secretário de Agricultura do Estado, Covatti Filho, após ter sido procurado por representantes de entidades e produtores para auxiliar na busca de alternativas para a situação.

O documento assinado pela Associação dos Arrozeiros de Camaquã, Sindicato Rural, Sindicato dos Trabalhadores Rurais, Associação dos Usuários do Arroio Duro (AUD) e Associação Comercial e Industrial de Camaquã (Acic) pede atenção por parte da Secretaria de Agricultura do Estado quanto ao encerramento das atividades da CESA. Há pouco mais de dois anos foi aprovada uma lei estadual que determina a extinção da companhia. O fechamento das duas unidades localizadas no município preocupa produtores de Camaquã e região.

Segundo o ex-coordenador, os produtores buscam uma alternativa viável para manter as atividades da CESA no município. “Com diálogo, união e trabalho é possível construir uma solução”, avalia Machado.

O ex-coordenador entregou o ofício ao secretário e solicitou uma atenção especial para os produtores de arroz da região. “O secretário entende a importância da CESA para nossa região e sensível a demanda, afirmou que irá, juntamente com o corpo técnico da pasta, buscar alternativas para que os produtores não sejam prejudicados”, afirma Machado.

A CESA

A extinção da Companhia Estadual de Silos e Armazéns (CESA) foi aprovada na Assembleia Legislativa em abril de 2018, na gestão do ex-governador José Ivo Sartori (MDB). A lei prevê que as atividades da companhia encerre em 31 de dezembro de 2020.

A CESA foi instalada em Camaquã na década de 70 e conta com capacidade para 55 mil toneladas de arroz em casca, ou seja, mais de 1 milhão de sacos, atendendo mais de 500 pequenos e médios produtores. Atualmente, as instalações possuem cerca de 160 mil sacos de arroz de 40 clientes. Segundo as entidades, a CESA sempre foi superavitária, não onerando os cofres públicos, sendo uma empresa de grande importância para a economia da região.