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Museu Julio de Castilhos reabre ao público na quinta-feira, dia 19, com exposição inédita

Museu localizado no Centro Histórico da capital permaneceu oito meses de portas fechadas ao público
19/11/2020 Ascom Sedac / Edição: Secom - Foto: Divulgação / Sedac

Após oito meses com as portas fechadas aos visitantes devido à pandemia da Covid-19, o Museu Julio de Castilhos, em Porto Alegre, instituição da Secretaria da Cultura (Sedac), reabre ao público na quinta-feira, dia 19 de novembro de 2020, em horários especiais. A retomada das atividades será marcada pela abertura de uma nova exposição sobre o gênero feminino.

Para que a retomada das atividades fosse possível, a instituição passou por adaptações para prevenir a contaminação pelo novo coronavírus. A maioria das peças expostas nas salas estará protegida com vitrines e cubos de vidro para impedir o contato.

Para as esculturas que continuarão sem proteção, o cuidado do visitante precisa ser redobrado: o toque será expressamente proibido, uma vez que o álcool em gel que higieniza as mãos pode afetar a cor e o verniz dos objetos.

O museu ficará aberto de terças a sextas-feiras, das 10 às 17h. O número de visitantes será de, no máximo, 10 pessoas por vez, com o uso obrigatório de máscara, higienização das mãos e aferição de temperatura. Dentro das salas, o distanciamento mínimo deve ser de dois metros. As visitas mediadas permanecem suspensas.

Nova exposição aborda o feminino

Para receber o público na reabertura, a instituição preparou a exposição “Narrativas do Feminino”, que conta histórias sobre mulheres do início do século 19 ao final do século 20, apresentando-as em recortes e personagens como as lavadeiras, as mulheres de elite e as mulheres intelectuais.

A Casa Julio estará ocupada com peças do acervo que pertenceram ao cotidiano feminino vinculado à elite e às negras forras, que atuaram como lavadeiras para prover suas famílias. Para a museóloga e diretora do museu, Doris Couto, a nova exposição significa a redenção das mulheres no Museu Julio de Castilhos. “Nossas exposições permanentes sempre apresentaram o mundo dos homens, invisibilizando o papel de mulheres que contribuíram para o desenvolvimento do Estado”, afirmou.

As demais exposições também foram especialmente preparadas para a volta do público. A exposição “Memória e Resistência”, que é modificada a cada seis meses, conta com 97 peças representativas do povo indígena.

O destaque da nova fase da exposição é a reapresentação das esculturas missioneiras, que receberão um olhar a partir da organização espacial do aldeamento nas Missões, assim como aspectos formais das esculturas que integram o acervo.

Também serão vistas cerâmicas de 2.000 anos, arcos e flechas, um conjunto de bordunas, arte plumária e cestarias centenárias produzidas pelos Guaranis, Mbyá-Guarani e Kaingang, vindos do Rio Grande do Sul, Mato Grosso do Sul, Goiás e Paraná.

De acordo com Doris, a proposta é possibilitar a compreensão dos modos de vida dos povos originários e suas diferenças. “Com a falta de visibilidade, esses povos acabam sendo esquecidos ou colocados como um todo. São culturas ricas e cheias de simbolismo, que precisamos sempre ter na memória da história do Estado”, disse.

O Jardim dos Canhões ganhou placas que contam a histórias das peças, como os canhões da Revolução Farroupilha (1835-1845) e os bancos em concreto armado, produzidos pela antiga fábrica de cimento Ferco, que pertenceram ao antigo Auditório Araújo Viana, à época localizado junto à Praça da Matriz.

SERVIÇO

Reabertura do Museu Julio de Castilhos, na capital
A partir de 19/11, de terças a sextas-feiras, das 10 às 17h
Contato: (51) 3221-3959
museujuliodecastilhos@gmail.com

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