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Situação de persistência da inadimplência recua em outubro, de acordo com pesquisa da CNC

Apesar de leve baixa, patamar de famílias com dificuldade em quitar dívidas segue elevado
12/11/2020 Moglia Comunicação Empresarial – Foto: João Geraldo Borges Júnior from Pixabay / Divulgação

Realizada pela CNC e divulgada em 10 de novembro pela Fecomércio-RS, a edição de outubro da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência dos consumidores do Rio Grande do Sul teve, no percentual de famílias endividadas, a sexta alta mensal consecutiva. Aos 71,3%, o percentual é o maior desde julho de 2019 (72,9%) e refletiu aumento do endividamento para as famílias dos dois grupos de renda.

Para as famílias do grupo de renda inferior a 10 salários mínimos (SM), o aumento do endividamento elevou o percentual ao nível dos 76,8%, o mais alto desde setembro de 2017. Já para famílias que têm renda mensal superior a 10 SM, apesar de também ter registrado aumento na passagem do mês, a elevação foi menor e o indicador seguiu em patamar deprimido aos 48,1%.

O indicador de famílias com contas em atraso apresentou relativa estabilidade no mês. Ao registrar 29,9%, frente a 29,6% de setembro de 2020, as famílias com contas em atraso seguem em patamar bastante elevado, tendo a média dos últimos 12 meses evidenciado um avanço na margem. Este cenário é, novamente, mais delicado para as famílias de renda inferior a 10 SM em que o percentual foi igual ao do mês anterior (34,7%). Já para as famílias de renda mais alta foi de 13,9%.

Das famílias que têm contas em atraso, 43,6% afirmam não ter condições de quitar essas dívidas no próximo mês. Esse percentual, embora alto, se reduziu frente aos 46,4% do mês anterior. Assim, dentre todos os entrevistados, 13% não terão condições de quitar seus compromissos no próximo mês, uma leve redução frente a 13,7% de setembro de 2020.

 "Embora os dados da PEIC de outubro mostrem uma leve melhora no quadro de inadimplência, com uma parcela das famílias conseguindo sair da situação de persistência da inadimplência, os percentuais de famílias com dificuldade são muito elevados. Estamos em um momento delicado, em que paira incerteza quanto ao horizonte de retomada da atividade econômica e da recuperação do mercado de trabalho após o período de encerramento dos programas emergenciais do governo. Esses aspectos são fundamentais não apenas para dar devolver a capacidade das famílias de quitarem dívidas em aberto, a partir da renda do trabalho, mas também para retomar a confiança para voltar a consumir, cenário em que o crédito desempenha papel central", comentou o presidente da Fecomércio-RS, Luiz Carlos Bohn.

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