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Edson Brum homenageia os 210 anos do município de Rio Pardo

Parlamentar traçou um panorama histórico desde antes do surgimento formal do município em 1809 até a atualidade
06/10/2019 Agência de Notícias ALRS / Olga Arnt - Edição: Letícia Rodrigues - Foto: Vinicius Reis

No Grande Expediente da sessão da quinta-feira, dia 3 de outubro de 2019, o Deputado Edson Brum (MDB) homenageou o município de Rio Pardo, sua terra natal, que completa 210 anos na próxima segunda-feira, dia 7 de outubro.

O parlamentar traçou um panorama histórico desde antes do surgimento formal do município em 1809 até a atualidade. “Ao fazer esta homenagem, tenho convicção de que a história de Rio Pardo se confunde com a de 259 municípios do nosso Estado” afirmou Brum no início de seu pronunciamento na tribuna.
 
Rio Pardo figura ao lado de Porto Alegre, Rio Grande e Santo Antônio da Patrulha no mapa da primeira divisão territorial do Estado, elaborado em 1803 para uma exposição ao príncipe regente de Portugal Dom João VI, feita pelo governador Paulo José da Silva Gama.

No entanto, Rio Pardo iniciou sua formação como povoação regular a partir de 1750, quando foi assinado o Tratado de Madri entre Portugal e Espanha para definir limites entre as respectivas colônias sul-americanas. A cidade, conforme Brum, cresceu em torno da Fortaleza Jesus Maria José, construída na foz do rio Pardo, onde foi instalado o Regimento dos Dragões para proteger o território de avanços dos espanhois.

“Rio Pardo foi criado com função militar e representou por longo tempo um ponto estratégico. Se isso não acontecesse, o Rio Grande do Sul não teria sido incluído no território brasileiro”, apontou.
 
Quatro anos depois, rememorou o emedebista, os açorianos começaram a chegar na localidade, imprimindo ritmo de crescimento ao povoado, que abrigou grandes estâncias de gado e começou a desenvolver uma incipiente indústria pastoril.
 
Quando foi consumada a divisão administrativa da Capitania do Rio Grande de São Pedro em 7 de outubro de 1809, Rio Pardo ficou com o maior território, abrangendo 159.803 quilômetros quadrados. Centro comercial da parte oeste da capitania, a nova vila foi muito visada durante a Revolução Farroupilha.

Nos dez anos em que durou o conflito, foram registrados inúmeros confrontos entre os farrapos e as forças imperiais. O mais sangrento deles, ocorrido em 1838, foi a Batalha do Barro Vermelho.

“Numa dessas batalhas, foi aprisionada a banda musical do maestro Joaquim José Mendanha, autor da música do Hino Farroupilha, composta durante seu cativeiro em Rio Pardo”, revelou Brum.
 
Em março de 1846, Rio Pardo foi elevada à categoria de cidade, por ocasião da visita do imperador Dom Pedro II.
 
Economia

A economia de Rio Pardo é baseada, especialmente, na agropecuáia de valor agregado. Segundo a publicação Perfil das Cidades Gaúchas, do Sebrae, a atividade representa 45% do total da riqueza do município. São 2.437 propriedades rurais, com 79.279 hectares cultivados, somando em 2017 R$ 352 milhões oriundos da produção agrícola.

O arroz ocupou 8500 hectares, rendendo mais de 48 mil toneladas. O tabaco, cultivado em 2.246 hectares distribuídos em 800 propriedades, registrou uma colheita de mais de quatro mil toneladas. Já a soja, presente em 385 propriedades, abrangendo uma área cultivada de 57 mil hectares, teve recorde de produção com mais de 174 mil toneladas.
 
A indústria da alimentação, a construção civil, o comércio e os serviços também desempenham papel significativo na economia local.
 
Povo

Brum ressaltou características da população de Rio Pardo, formada por açorianos, espanhóis, índios, italianos, alemães e negros. “Nosso povo jamais perdeu a sua verdadeira identidade guerreira, pois Rio Pardo tinha e tem vocação militar no sentido de respeitar a civilidade, as fronteiras, a riqueza da terra e seus moradores. Vocação de defender seus pertences, sua tradição, suas origens, suas famílias e sua religião”, elencou.
 
O deputado citou também prédios históricos e pontos turísticos do município, como a casa que hospedou Dom Pedro II e o Conde D’Eu, construída em 1865, o solar do Almirante Alexandrino de Alencar, de 1790, a Casa da Cultura, o Solar das Águias, a prefeitura velha, a estação ferroviária, a primeira usina elétrica e as casas do Visconde de São Gabriel, de Ernesto Alves e o Senado da Câmara e Cadeia, todos construídos de 1811.
 
Além da Igreja Matriz Nossa Senhora do Rosário, Brum fez referência também à Rua da Ladeira, a primeira rua calçada do Rio Grande do Sul, em estilo romano.
 
O Grande Expediente foi acompanhado por uma comitiva integrada por lideranças políticas, entre as quais o prefeito Rafael Reis Barros, e sociais de Rio Pardo . O secretário da Casa civil, Otomar Viviam, o arcebispo emérito da Diocese de Bagé, dom Gílio Felício, que também atuou em Rio Pardo, os desembargadores Léo Lima e Sebastião Néri, além de autoridades militares, também prestigiaram o evento.
 
Os deputados Fábio Branco (MDB), Pepe Vargas (PT), Mateus Wesp (PSDB), Juliana Brizola (PDT), Elton Weber (PSB), Ernani Polo (PP), Giuseppe Riesgo (Novo), Rodrigo Lorenzoni (DEM), Tenente-coronel Zucco (PSL) e Kelly Moraes (PTB) se somaram à homenagem por meio de apartes.

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