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Organizações mais empreendedoras e disruptivas são temas de palestras do Sebrae RS no Innovation Weekend

O evento online aconteceu nos dias 26 e 27 de setembro
29/09/2020 Assessoria de Imprensa Sebrae RS – Foto: Divulgação

O Sebrae RS promoveu nesse fim de semana, 26 e 27 de setembro, uma série de palestras no Innovation Weekend - primeiro festival phygital de inovação e negócios do Sul do Brasil - sobre tendências e oportunidades nas áreas de marketing, vendas e inovação para o empreendedorismo.

Com o tema “Construindo Organizações Mais Empreendedoras”, a explanação de César Costa, sócio e head de inovação da Semente Negócios, foi um dos destaques. Sua experiência de atendimento a mais de 10 mil empreendedores e 3 mil startups atesta que empresas consolidadas em seus segmentos de negócio têm dificuldade de inovar de forma empreendedora, o que se revela com diagnósticos como demora para identificar problemas e agir rápido na busca das soluções.

Após falar sobre o complexo cenário atual, em que novas soluções disruptivas surgem de forma muito rápida, e novos entrantes ameaçam constantemente players que pareciam invencíveis e em que é difícil fazer previsões concretas sobre o futuro, ele indicou como caminho o chamado intraempreendedorismo.

“Devemos estar abertos para cooperar com outras empresas, universidades, startups, promover hackathon e, juntos, buscar novas soluções para processos de inovação. Isso requer mudança de mindset, compartilhar riscos e ganhos. E, sobretudo, se adaptar às mudanças todo o tempo”, disse.

Costa ressaltou que processos de inovação necessitam planejamento de curto prazo, com agilidade na tomada de decisões para não perder oportunidades, e visão de longo prazo. Para ter mais sucesso, é importante implementar nas empresas uma cultura de inovação, que envolvam toda a equipe e tenham um processo completo implementado. “É necessário preparar um ecossistema corporativo de inovação para que ele floresça sustentável”, afirmou Costa.

A sugestão do sócio da Semente Negócios é estabelecer um pipeline de inovação, para definir processos – sem burocracia – que auxiliem na tomada de decisão do tipo de inovação que deseja investir e para reduzir incertezas no processo e, assim, garantir mais condições de assertividade.

Costa destaca que uma das ações mais importantes é se aproximar e interagir ao máximo com o cliente, buscar formas de experimentação com ele, para evoluir ou não com uma ideia inovadora. Também considera como reflexões importantes a capacidade produtiva própria da inovação e o quanto ela será sustentável.

Transformação da cultura

A programação do Sebrae no evento encerrou com o bate papo “Gestão, Inovação, Liderança: Os caminhos de sucesso para as empresas”, entre o diretor-superintendente do Sebrae RS, André Vanoni de Godoy, e o CTO das empresas Randon e presidente do Conselho do Instituto Hélice, Daniel Martin Ely, iniciativa de 17 empresas da região da Serra Gaúcha que trabalha inovação junto à comunidade local.

Ely ressaltou que a transformação é de dentro para a fora, seja para pequenos ou grandes empresas, e que o primeiro passo é a transformação da cultura das organizações com olhar para a inovação. “Isso significa modificar alguns comportamentos e mexer com alguns símbolos e rituais. A transformação certa é cultural e digital para se abrir espaço e criar condição para novos modelos de negócios”, afirmou.

Outro ponto destacado foi promover a ressignificação da inovação que deve ser para todos e que, em alguns momentos, precisa ser protegida do próprio modelo de negócio atual. “As inovações, especialmente as disruptivas, raramente vêm do status quo”, afirmou. Assim como foi feito na Randon, Ely sugeriu começar a ter pessoas na organização para olhar para novos negócios, tecnologias não comuns no dia a dia. E que o papel do líder é construir pontes entre o modo de trabalho atual e as possibilidades de inovação, além de promover mudanças em que estruturas hierárquicas, que costumam entregar uma capacidade maior de execução, passem a entregar para maior capacidade de inovação.

Ely afirmou que 70% das suas principais competências foram desenvolvidas nos últimos três anos. “Precisei buscar conhecimento para ajudar a Randon a seguir evoluindo neste mundo de transformação digital. Todos nós temos background, mas nos deparamos diariamente com alguma coisa nova. Nosso papel é fazer a conexão com o novo”, refletiu.

Godoy ressaltou que as lideranças devem ter dois papéis nesse ambiente de transformação digital: inspirar as pessoas a entregar o melhor de si e se tornarem dispensáveis, quase como uma relação pai com filho, o qual cresce, amadurece e depois anda sozinho.

O diretor-superintendente do Sebrae RS destacou que, assim como nas empresas, o Sebrae também tem a necessidade de quebrar paradigmas para se colocar em condições de levar aos empreendedores a possibilidade de adotar a transformação digital.

Para isso, vários times passaram a trabalhar com iniciativas para implementar processos de inovação na organização e levar este conhecimento para as empresas. “Temos, hoje, quatro plataformas no ar criadas há um ano, tudo com base na cultura.”

Como dica para os pequenos negócios começarem o processo de transformação, Ely sugeriu aos empreendedores se abrirem mais para o novo e usarem as estruturas que existem como a do Sebrae. “Inovar não tem a ver só com investimento em tecnologia, robotização e máquinas mais modernas. Tem a ver em como inspirar movimentos para gerar oportunidades novas.

Sobre o Innovation Weekend 2020

Primeiro festival phygital de inovação e negócios do Sul do Brasil, o Innovation Weekend 2020 foi integralmente virtual com a temática “O amanhã é agora – Você impacta o futuro com suas ações de hoje”. Os organizadores criaram uma plataforma 3D exclusiva que proporcionará uma imersão virtual e se parece com um videogame.

Com curadoria da Innovation Center, o evento é uma realização da Associação Riograndense de Propaganda (ARP) em parceria com o Sebrae RS, IBM, Grupo RBS, Clear Channel, CCBC, Coca-Cola e Warren.

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