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Nema participa de reunião para elaboração do Plano de Ação Nacional para a Conservação da Toninha

Proposta a criação do Dia Nacional da Toninha em 1º de outubro
02/10/2019 Por Manuela Soares – Foto: Luciano Lima / Divulgação

O Diretor do Núcleo de Educação e Monitoramento Ambiental (NEMA), Sérgio Estima participou da última reunião para elaboração do Plano de Ação Nacional para a Conservação da Toninha.

Na oportunidade, foi proposta a criação do Dia Nacional da Toninha em 1º de outubro para sensibilizar a população sobre a situação da espécie, assim como, apresentar um pouco da biologia e ecologia da toninha para a sociedade em geral. A data foi escolhida pois marca o início do período reprodutivo e do nascimento de filhotes.

A espécie toninha (Pontoporia blainvillei) está atualmente na categoria criticamente em perigo (CR) das listas das espécies ameaçadas de extinção do Brasil dispostas na Portaria do Ministério do Meio Ambiente n° 444/2014 e no Decreto n° 51.797 do Rio Grande do Sul.

Além disso, a espécie também é o único pequeno cetáceo que consta na Lista Oficial das Espécies da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção e também, na Lista da União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN) como vulnerável.

Sua distribuição é endêmica do Atlântico Sul Ocidental desde o Espírito Santo até o norte da província de Chubut na Argentina. Além disso, a espécie também ocorre em estuários, como a Baía da Babitonga, em Santa Catarina que agrega uma população permanente de aproximadamente 50 animais.

As características corporais dessa espécie são: corpo pequeno, entre 1,28 e 1,75 metros, peso entre 35 e 55 quilos, cabeça com rostro muito comprido e fino, mais de 50 pares de dentes, nadadeira dorsal pequena, pescoço flexível e vive em áreas estuarias e costeiras marinhas.

A ameaça que mais colabora para o cenário de extinção da espécie é a captura acidental na pesca, por meio de redes de emalhe. Para reduzir este problema, são realizadas pesquisas visando soluções como o uso de petrechos de pesca diferenciados, alarmes, períodos de defeso e áreas de exclusão de pesca.

Outros problemas que prejudicam a perpetuação da espécie são a poluição das águas, a depleção dos estoques pesqueiros e a poluição sonora causadas por atividades portuárias.

De acordo com o diretor do NEMA, Sérgio Estima “Refletir sobre a conservação das toninhas é uma questão muito relevante na atualidade, estes pequenos cetáceos estão beirando a extinção. Em vista dessa situação, é necessário proporcionar meios de diálogo entre academia, instituições de conservação e setor pesqueiro.”

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