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Planejamento financeiro para 2020

Docente da Faculdade de Tecnologia Senac Pelotas aponta dicas para começar o ano com uma boa situação financeira
23/09/2019 Por Uffizi Comunicação e Relacionamentos – Foto: Dariusz Sankowski from Pixabay / Divulgação

Faltam 3 meses para acabar o ano e as dúvidas financeiras para 2020 começam a surgir. Seis em cada 10 brasileiros (58%) revelam que nunca, ou somente às vezes, dedicam tempo a atividades de controle da vida financeira.

Os dados, obtidos em pesquisa feita pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) em todas as capitais, mostram que o planejamento financeiro não é uma tendência entre os consumidores.

Para o docente do curso de Especialização em Controladoria, Perícia e Auditoria Econômico-financeira da Faculdade de Tecnologia Senac Pelotas, André Luiz Moraes Machado, criaram-se duas visões a partir desse dado: quem não faz seu planejamento financeiro torna-se um endividado; as pessoas não se planejam por não terem acesso à informação ou não sabem como fazer.

A experiência do docente na área indica que dentre aqueles que declaram fazer um planejamento financeiro, menos da metade acompanham o que foi planejado, abandonando os controles em poucos dias ou semanas.

“A ansiedade ainda está muito atrelada quando as pessoas são convidadas a pensar em dinheiro. É muito comum não quererem olhar para a situação financeira, pois nem sempre reflete o esperado ou desejado”, lembra.

Segundo André, o pior início para uma pessoa que deseja fazer essa programação pessoal para 2020 é olhar cenários e projeções econômicas para o Brasil ou para o mundo.

“Cenários e projeções são feitos em linguagens pouco compreensíveis para boa parte da população e se baseiam em variáveis macroeconômicas, ou seja, aquelas que não têm nenhuma relação direta com a nossa vida cotidiana, que é medida pela microeconomia”, indica.

O ponto de partida, segundo o docente, é responder uma pergunta simples, mas profunda: “Qual o sentido do dinheiro na sua vida?”, pois dificilmente alguém fará um planejamento para algo que não faça sentido em sua vida. “Responder essa questão envolve revisitar a própria história de vida em busca de tudo de bom, e de ruim, que foi associado do dinheiro”, enfatiza.

Após isso, a pessoa deve direcionar sua atenção aos 3 componentes envolvidos ao lidar com o dinheiro: gerar, gerir e usufruir. “Cada um deles requer diferentes capacidades e habilidades. Manter esse foco ajuda a pensar na renda, nas despesas e em tudo aquilo se deseja fazer para desfrutar do resultado do esforço e merecimento”, comenta.

Quem iniciar o novo ano com uma renda muito baixa, por exemplo, precisa desenvolver as capacidades e habilidades para gerar mais dinheiro, seja trabalhando mais, seja tendo ideias que atendam às necessidades das pessoas ou exercitando a capacidade de perceber oportunidades de negócios.

De acordo com André, a questão fundamental para manter a saúde financeiro está em olhar para o dinheiro: “A tomada de consciência é primeiro e obrigatório passo para transformar a realidade, pois é impossível mudar o que não se conhece”.

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