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Prazo para inscrição no Bolsa Juventude Rural termina dia 30 de abril

Em Vanini, Leovanis conta que pretende ajudar para ampliar as atividades que a família desenvolve na propriedade
27/04/2020 Ascom Emater/RS-Ascar / Edição: Secom – Foto: Divulgação

Até o dia 30 de abril, jovens moradores de zonas rurais do Rio Grande do Sul podem se inscreve para uma das 471 bolsas de estudo concedidas pela Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr). Pelo Programa, os jovens inscritos recebem auxílio de R$ 200 mensais, pagos por um período de dez meses.

Para saber mais informações, documentação necessária, compromissos e benefícios do programa, interessados devem entrar em contato com a Emater/RS-Ascar – conveniada à Seapdr.

A jovem Elisiane Nunes Rolim, da Comunidade de Alto Caraá, município de Caraá, acessou o programa Bolsa Juventude Rural em 2019 e, neste ano, está inscrita novamente, pois pretende investir o dinheiro na legalização do moinho da família que existe há anos e é conhecido na região pela produção de farinha de milho.

“A Emater tem um papel fundamental ao nos ajudar com o projeto produtivo”, comenta. No primeiro ano ela usou o dinheiro recebido e investiu no revestimento da moega, onde se coloca o milho para moer, e do caixão, onde cai a farinha de milho.

No município de Vanini, a jovem Leovanis Gonçalves participou do Bolsa Juventude no ano de 2018. “Eu fiquei sabendo dessa bolsa porque foi divulgada pela Emater na escola. Quando fui selecionada, pude participar de vários eventos, voltados para meu projeto produtivo, como curso de criação de poedeiras e também do Seminário Regional de Juventude”, conta.

Leovanis explica que a ideia que teve foi ampliar as atividades que a família já desenvolvia na propriedade. “Utilizei os recursos para compra de novilha e de galinhas poedeiras. O projeto serviu como geração de trabalho e renda extra pra mim e para a família. No meu ver, posso dizer que isso foi mais do que um simples valor monetário, porque agreguei valor tanto para os estudos quanto para a minha vida”, concluiu.

Para participar, o jovem precisa atender a requisitos como estar matriculado no segundo ou no terceiro ano do ensino médio, em escolas públicas estaduais ou em instituições sem fins lucrativos e de caráter comunitário, ter entre 15 e 29 anos, ter Declaração de Aptidão ao Pronaf (DAP) ativa e ter baixa renda bruta familiar.

Neste ano serão concedidas 471 bolsas, sendo 200 para alunos do 2º ano e 271 para alunos do 3º ano do ensino médio. Como novidade, o programa está exigindo o envio de um pré-projeto, junto à documentação mínima determinada pela lei. Esse pré-projeto deverá servir de base para a elaboração do projeto produtivo, que é a contrapartida obrigatória apresentada pelo jovem durante o recebimento da Bolsa.

A Emater/RS-Ascar atua na divulgação, orientação para as inscrições e auxilia na elaboração do projeto produtivo e na execução do Programa.

Para Hellen Silva Rackow, o Bolsa Juventude foi fundamental para que ela decidisse ficar no campo em Camaquã e desistisse de ir para a cidade. “Eu agora não penso mais em sair da propriedade, ao contrário, quanto eu tiver mais condições quero investir mais aqui para deixarmos o cultivo de tabaco”, afirma a jovem.

A extensionista da Emater/RS-Ascar de Porto Alegre Magda dos Santos Pereira ressalta que o programa é muito importante, pois estimula e oportuniza a permanência dos jovens no campo, por meio do projeto produtivo que deve ser desenvolvido com a Emater/RS-Ascar e que o jovem deve aplicar na propriedade. “O programa está vinculado à matrícula e frequência escolar, estimulando com isto a permanência e conclusão dos estudos”, destaca.

Para a extensionista da Emater/RS-Ascar de Passo Fundo Doriana Miotto, o Bolsa Juventude Rural é uma ferramenta muito importante de empoderamento, pois possibilita que os jovens possam empreender na propriedade, implantando projetos produtivos que geram trabalho e renda, desenvolvendo diversas áreas do conhecimento, como técnico, de gestão e de relações para além da propriedade. “O programa proporciona o acompanhamento técnico da Emater e incentiva a capacitação dos jovens nas áreas de interesse”, afirma Doriana

Na avaliação da extensionista Clarice Böck, desde 2017, quando a Emater/RS-Ascar ingressou no programa, até agora, é possível constatar êxitos, entre eles a motivação dos jovens. “O programa permite a geração de uma atividade produtiva do gosto dele, e no futuro traz renda, além de ser um incentivo para a permanência no campo”, avalia Clarice.

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